Shopee mantém liderança no m-commerce brasileiro
De acordo com pesquisa, brasileiros já se habituaram com compras via aplicativos e quase todos já fizeram alguma aquisição por esse modo na vida
A pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – Pagamentos móveis e comércio móvel no Brasil – setembro de 2022 mostra que o mercado brasileiro de comércio móvel amadureceu bastante nos últimos anos. O consumidor nacional já está familiarizado com a realização de compras pelo celular (m-commerce) e hoje é difícil encontrar uma pessoa com smartphone que nunca tenha feito uma compra de mercadoria física pelo aparelho – 93% já o fizeram. Quem se aproveita melhor desse cenário é a Shopee, empresa de Singapura.
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A Shopee mantém a liderança como o app de m-commerce (comércio eletrônico móvel) mais utilizado pelos brasileiros, apontada por 23% dos consumidores móveis nacionais, seguida por Mercado Livre e iFood. A maior novidade na lista foi o crescimento da Amazon e a queda da Americanas, que trocaram de lugar, agora como quarta e quinta colocadas, respectivamente.
O sucesso do Amazon Prime Day, quando a companhia disponibilizou uma série de ofertas especiais, nos dias 12 e 13 de julho, pode ser uma das explicações para o seu crescimento, diz a pesquisa.
O Relatório Setores do E-Commerce no Brasil, da Conversion, também aponta essas empresas como as principais do mercado eletrônico brasileiro. Ao contrário da Pesquisa Panorama, este relatório leva em conta as vendas no e-commerce em geral e destaca que o Mercado Livre (13,8%), a Shopee (10,1%) e a Amazon (6,8%), juntas, tem cerca de 30% de todo o tráfego desse setor. O tráfego seria o mesmo que as visitas aos websites.
Os aplicativos de mensageria também começam a servir de vitrine para lojistas e marcas, tanto grandes quanto pequenas, que vêm experimentando o chamado comércio conversacional. Entre os brasileiros com smartphone, 60% já fizeram compras pelo WhatsApp; 46%, pelo Instagram; e 27%, pelo Messenger do Facebook.
Brasileiros se adaptaram ao m-commerce
Trata-se de um hábito frequente: 80% dos brasileiros com smartphone fizeram ao menos uma compra pelo dispositivo nos últimos 30 dias. Aliás, 8% afirmam que usam o celular para compras todo dia ou quase todo dia e 82% declaram que hoje fazem mais compras pelo smartphone do que faziam seis meses antes.
O brasileiro também mostra satisfação com sua experiência com comércio móvel: 91% dão notas 4 ou 5 em uma escala de 1 a 5 para medir sua satisfação com esse serviço no País. E as características que mais apreciam em apps de m-commerce são cupons de desconto (61%), cashback (48%) e entrega no mesmo dia (34%).
Entre as categorias de produtos mais comprados pelos brasileiros através do smartphone, a de roupas alcançou pela primeira vez a liderança: 52% dos consumidores móveis brasileiros fizeram compras de roupas via app nos últimos 30 dias. Refeições, que antes detinham a primeira posição, agora ficaram em segundo lugar, citadas por 50% dos entrevistados.
O meio de pagamento preferido do brasileiro para compras pelo celular continua sendo o cartão de crédito. Aliás, em comparação com a pesquisa anterior, subiu de 67% para 71% a proporção de consumidores móveis brasileiros que apontam o cartão de crédito como seu meio de pagamento preferido para compras no smartphone.
O Pix, que vinha subindo rapidamente, desta vez aumentou apenas um ponto percentual, passando de 16% para 17%, na segunda posição. Carteiras digitais, por sua vez, caíram de 9% para 6% na preferência do brasileiro. E os boletos, de 7% para 5%.
Metodologia de pesquisa
A Panorama Mobile Time/Opinion Box – Pagamentos móveis e comércio móvel no Brasil é uma pesquisa independente produzida por uma parceria entre o site de notícias Mobile Time e a empresa de soluções de pesquisas Opinion Box. Nesta edição foram entrevistados 2.085 brasileiros que acessam a Internet e possuem smartphone, respeitando as proporções de gênero, idade, renda mensal e distribuição geográfica desse grupo. As entrevistas foram feitas on-line entre 24 e 31 de agosto de 2022. Esta pesquisa tem validade estatística, com margem de erro de 2,1 pontos percentuais e grau de confiança de 95%.