“Servidores precisam entender que não há dinheiro”, diz Mourão

“Servidores precisam entender que não há dinheiro para aumento”, diz Mourão

De acordo com o vice-presidente, Hamilton Mourão, não há dinheiro em caixa para reajuste dos servidores neste momento

Neste momento, não há dinheiro disponível para o reajuste dos servidores federais. A avaliação é do próprio vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos). Em entrevista nesta semana, ele defendeu que o Governo Federal pague um aumento de salário para os profissionais apenas quando houver condições econômicas para o ato.

Mourão disse ainda que os servidores “precisam entender que só é possível dar aumento quando houver alta no Produto Interno Bruto (PIB) e na arrecadação”. A declaração do vice-presidente acontece justamente em um momento em que algumas categorias trabalhistas estão realizando greves e paralisações pelos reajustes.

“Nós, que somos funcionários públicos, temos que entender que um aumento salarial só pode ocorrer se houver um aumento de arrecadação consistente. E quando há aumento de arrecadação consistente? Quando aumenta o PIB”, disse ele quando perguntado por jornalistas sobre a sua opinião sobre as paralisações.

“Nós não perdemos o emprego. Muita gente perdeu. Então, não está bom o salário? Não está adequado ao momento por causa da inflação? Não está, mas vamos esperar a oportunidade para que isso seja equalizado”, completou Mourão na declaração, que acabou repercutindo em veículos de imprensa nesta semana.

Segundo informações oficiais, um analista do BC ganha R$ 26,2 mil por mês, ou pouco mais de R$ 341 mil por ano. No entanto, no funcionalismo público federal, a maioria das pessoas costuma ganhar menos do que este patamar. Funcionários de agências do INSS, por exemplo, recebem mensalmente valores inferiores.

Reajuste de 5% para os servidores

Embora defenda que o país não possa pagar um aumento por causa da situação do PIB, Mourão defendeu a ideia de que o Planalto pague um reajuste linear, ou seja, para todas as categorias, de 5% para o funcionalismo este ano.

Inicialmente, o Governo Federal ventilou a possibilidade de pagar um reajuste maior, mas apenas para as forças de segurança. A declaração aumentou a pressão sobre o Planalto, que decidiu recuar e incluir todos os servidores com um aumento menor.

“Hoje, qual é a decisão que não está efetivamente oficializada? Seria o aumento linear para todo mundo de 5%. É o necessário? Não é o necessário, mas é o possível”, concluiu o vice-presidente na entrevista para jornalistas.

As greves

Os servidores do BC decidiram retomar a paralisação das atividades nesta semana. Eles afirmam que o Governo Federal precisa pagar um reajuste salarial. Como dito, o Planalto sinalizou que pode dar um aumento linear de 5%.

No entanto, representantes de sindicatos afirmam que o reajuste precisa ser maior. Sem acordo de ambas as partes, eles decidiram retomar o movimento grevista. O mesmo acontece com os funcionários e peritos médicos do INSS.

Além do reajuste salarial, os servidores pedem também melhoria nas condições de trabalho. Sobre o nível de salário atual, os sindicatos lançaram uma carta afirmando que “o nível de qualificação (dos servidores) é muito alto. Se não pagar um bom salário eles vão embora para outros lugares”.

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