Você já ouviu falar que uma dívida caduca depois de cinco anos? Essa é uma questão que gera muita confusão entre os consumidores e os credores. Afinal, o que significa ter uma dívida caducada? E quais são as consequências disso para o seu bolso e o seu nome?
Neste post, vamos explicar o que é a prescrição de dívida, como ela funciona na prática e quais são os seus direitos e deveres como devedor. Acompanhe!
O que é a prescrição de dívida?
A prescrição de dívida é um prazo legal que determina até quando um credor pode cobrar judicialmente um devedor pelo não pagamento de uma obrigação. Esse prazo varia de acordo com o tipo de dívida e a natureza do contrato.
De modo geral, o prazo para a prescrição de uma dívida é de 5 anos. No entanto, de acordo com o Código Civil (art.205), esse prazo pode ser de até 10 anos, “quando a lei não lhe haja fixado prazo menor”.
Isso significa que, após esse período, o credor perde o direito de acionar a Justiça para receber o valor que lhe é devido. No entanto, isso não quer dizer que a dívida deixe de existir ou que o credor não possa mais cobrar o devedor extrajudicialmente.
O débito continua sendo uma obrigação do devedor, mas ele não pode mais ser obrigado a pagá-la por meio de uma ação judicial. Além disso, o credor pode continuar enviando cartas, e-mails ou telefonemas para cobrar o pagamento da dívida.
Consequências
Uma das principais consequências da prescrição de dívida é que o nome do devedor deve ser retirado dos órgãos de proteção ao crédito, como o Serasa e o SPC. Isso porque esses órgãos só podem manter o registro da dívida pelo mesmo prazo da prescrição.
Ou seja, se o débito prescreve em cinco anos, o nome do devedor só pode ficar negativado por esse período. Após esse tempo, ele deve ser excluído dos cadastros de inadimplentes e ter o seu crédito liberado no mercado.
No entanto, isso não significa que o devedor fique livre da dívida. Como já mencionamos, ele ainda tem a obrigação moral de quitá-la com o credor. Além disso, se ele fizer um acordo ou reconhecer a dívida por escrito, ele pode interromper a prescrição e reativar o direito do credor de cobrá-lo judicialmente.
Portanto, é importante ter cuidado ao negociar uma dívida prescrita. O ideal é buscar orientação jurídica antes de assinar qualquer documento ou fazer qualquer pagamento.
Como evitar a prescrição de dívida?
A melhor forma de evitar a prescrição é não deixar que ela aconteça. Isso porque, além dos transtornos financeiros e jurídicos, ter uma dívida pode afetar a sua saúde emocional e a sua reputação no mercado.
Por isso, se você está com dificuldades para pagar as suas contas, procure renegociar os seus débitos com os seus credores. Busque condições mais favoráveis, como juros menores, parcelas menores ou descontos para pagamento à vista.
Além disso, faça um planejamento financeiro para organizar as suas finanças e evitar novas dívidas. Corte gastos desnecessários, priorize as despesas essenciais e poupe uma parte da sua renda para emergências.
Lembre-se: pagar as suas dívidas é um ato de responsabilidade e respeito com você mesmo e com quem lhe concedeu crédito. Não deixe que elas se tornem uma bola de neve e prejudiquem a sua vida.