Senado inicia votação sobre retorno do DPVAT nesta terça, 30
Motoristas devem ficar atentos aos sistemas de votação do Senado. Retorno do DPVAT estará em discussão nesta terça, 30
Esta terça-feira (30) promete ser um dia decisivo para o futuro de muitos motoristas do país. Isso porque a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal deve se reunir para votar o projeto que determina o retorno da cobrança do DPVAT, o seguro que cobre indenizações a vítimas de acidentes de trânsito em todo o Brasil.
O texto prevê o retorno do seguro obrigatório para todos os motoristas. Em caso de aprovação, estes cidadãos terão que pagar o valor uma vez por ano. O patamar de cobrança, no entanto, ainda não foi definido pelo projeto que está em tramitação no congresso nacional.
Vale lembrar que o texto que estabelece o retorno do DPVAT já foi aprovado na Câmara dos Deputados. Ele ainda depende de uma votação hoje na CCJ, e outra rodada de votação no plenário do Senado Federal. Considerando que o documento seja aprovado sem alterações, ele segue para sanção ou veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O plano do governo federal é votar o projeto na CCJ e no plenário do Senado Federal nesta terça-feira (30). Contudo, esta é uma decisão que deve ser tomada pelo presidente do congresso, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ao menos até a publicação deste artigo, ele não tinha se manifestado sobre esta indicação.
O DPVAT foi extinto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no ano de 2020. Na ocasião, a avaliação era de que o Fundo já contava com dinheiro suficiente para pagar as indenizações. Entretanto, o fato é que o dinheiro deste fundo está chegando ao fim.
O que diz o texto
De um modo geral, o texto que estabelece o retorno do DPVAT indica que o valor do pagamento será cobrado de donos de veículos registrados no país. A definição do patamar, no entanto, não consta neste documento, e deverá ser tema de discussão dentro da Caixa Econômica Federal, banco que vai ficar responsável pelo fundo.
O texto também indica outros pontos como a determinação de que a quitação do DPVAT vai ser necessária para obter o licenciamento anual do carro. O mesmo vale para outras ações como a transferência de propriedade e a baixa de registro do automóvel.
O texto aprovado indica que o seguro deverá ser anual, e a cobertura deverá abarcar os seguintes casos:
- indenização por morte;
- indenização por invalidez permanente (total ou parcial).
O documento estabelece que o motorista que não pagar o DPVAT estará sujeito a multa- infração grave. O licenciamento do veículo também só será concedido a partir do pagamento do DPVAT, assim como a transferência de proprietário.
Quem precisaria pagar o DPVAT
De modo geral, as regras de pagamento do DPVAT devem seguir as mesmas. A obrigatoriedade dos repasses vai para todos os proprietários de veículos automotores. Em resumo, todos os donos de veículos serão obrigados a pagar o tributo.
O projeto já aprovado pela Câmara dos Deputados também indica que os prêmios serão administrados pela Caixa Econômica Federal. Esta administração vai acontecer a partir de um novo fundo do agora denominado Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT).
O DPVAT é uma espécie de seguro do Governo para pessoas que sofrem acidentes de trânsito, seja o cidadão um motorista ou mesmo um passageiro. A ideia é que o reembolso seja feito sem nenhum tipo de apuração de possível culpa no acidente.
O valor da indenização costuma variar de acordo com uma série de elementos. A gravidade do acidente, por exemplo, é um destes pontos levados em consideração antes da liberação do dinheiro pela Caixa Econômica Federal.
Vale sempre lembrar que o Senado Federal poderá aplicar mudanças no texto do projeto.