A Comissão de Educação do Senado discutiu na manhã desta quinta-feira, dia 31 de março, a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar as denúncias de tráfico de influência no Ministério da Educação (MEC).
A discussão sobre uma CPI da Educação surgiu após o não comparecimento do ex-ministro Milton Ribeiro para explicar os áudios nos quais ele afirma que, ao repassar recursos da pasta, favorecia prefeituras ligadas a dois pastores sem cargo público a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com o senador Marcelo Castro (MDB-PI), presidente da Comissão de Educação, o ex-ministro não apresentou justificativa para sua ausência.
“No meu entender, o mais grave é que não deu nenhuma satisfação a esta comissão. A maneira cortês, urbana com que sempre foi tratado nesta comissão merecia dele pelo menos uma distinção, um telefonema, um e-mail justificando sua ausência. Os fatos que nos trouxeram até aqui hoje são fatos graves. Vão contra todos os princípios que regem a administração pública”, disse.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que a ausência do ex-ministro seria uma “assimilação de culpa”. Nesse sentido, o senador afirmou que “Não restará, diante deste gravíssimo desrespeito, senão a instalação de uma CPI”.
Além de discutir a criação de uma CPI, a comissão aprovou ainda requerimentos para investigar as suspeitas. Um dos requerimentos aprovados foi o convite do ministro interino da Educação, Victor Godoy Veiga, e de 12 prefeitos para prestarem depoimento na casa. Além disso, a comissão deve ouvir o ministro da CGU, Wagner Rosário, sobre irregularidades no MEC.
A comissão deve ouvir os depoimentos nas duas reuniões previstas para a próxima semana, nos dias 5 e 7 de abril. Como foram convidados, os citados no requerimento podem ou não comparecer.
Com informações da Agência Brasil.
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