O auxílio emergencial socorreu milhares de pessoas que vivam na pobreza, sem a sua prorrogação o caminho inverso também é possível. Para se ter uma ideia, o fim do benefício foi responsável por levar 2 milhões de brasileiros para a pobreza, isso só no mês de janeiro.
Em outras palavras, um total de 13% dos residentes no Brasil, ou 26 milhões de pessoas, tem apenas uma renda per capita de R$ 250 por mês.
Este resultado faz parte de cálculo feito pelo coordenador da Cátedra Ruth Cardoso no Insper, Naercio Menezes Filho, a pedido do G1.
O levantamento também trouxe a tona a realidade de crise que o Brasil enfrenta. No ano anterior a pandemia, 12% ou cerca de 24 milhões de pessoas viviam na pobreza, número que hoje atingiu 26 milhões (12%). Ou seja, aproximadamente 2 milhões de pessoas foram jogadas na pobreza durante a pandemia.
“Com o Auxílio Emergencial, o país conseguiu reduzir a pobreza, a extrema pobreza e a desigualdade de renda”, explicou Naercio. “A pobreza só não cresceu mais agora porque uma parte das pessoas que estava em casa e recebeu o auxílio conseguiu arrumar emprego”, completou.
Veja o resultado do auxílio emergencial para combater a pobreza e extrema pobreza:
- A taxa de pobreza diminuiu 8% da população.
- Já a taxa de extrema pobreza foi reduzida ainda mais: recuou de 3% para 1%.
A diminuição do auxílio emergencial já tinha sinalizado que o seu fim poderia agravar essas taxas de vulnerabilidade social. “Com a diminuição do valor, a pobreza começou a aumentar. Em dezembro, ela já estava alcançando o mesmo nível de antes da pandemia”, concluiu Naercio.
O Auxílio Emergencial terminou em dezembro, tendo sido o saque do valor liberado no mês de janeiro de 2021. Ao todo quase 68 milhões de brasileiros foram contemplados com o auxílio emergencial.
Auxílio emergencial será renovado?
Ainda não se sabe ao certo quando e quantas parcelas serão liberadas pelo auxílio emergencial. Até agora não há nada concreto em relação ao auxílio ou novo benefício social.
O ministro da economia, Paulo Guedes, afirmou, porém que a volta do programa social é uma possibilidade, após reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Saiba mais sobre o que os parlamentares conversaram clicando aqui.
Guedes também se mostrou preocupado com a questão fiscal e garantiu que havia já estabelecido um protocolo de crise.
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