O que é a taxa Selic?
Selic é a taxa do “Sistema Especial de Liquidação e de Custódia”, sendo assim, é uma infraestrutura do mercado financeiro que é administrada pelo Banco Central. Assim sendo, a Selic é a taxa básica de juros da economia, o que significa que ela é a referência para definir todas as demais taxas do país. Por conta disso, é um recurso do Banco Central (BC) para o controle da inflação.
Sendo assim, essa taxa afeta a economia de forma abrangente, já que empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras, por exemplo, são diretamente afetados por ela.
Conforme definição do Banco Central, “a taxa Selic refere-se à taxa de juros apurada nas operações de empréstimos de um dia entre as instituições financeiras que utilizam títulos públicos federais como garantia.”
Além disso, “o BC opera no mercado de títulos públicos para que a taxa Selic efetiva esteja em linha com a meta da Selic definida na reunião do Comitê de Política Monetária do BC (Copom).”
Sendo assim, essa taxa afeta as demais taxas de juros numa espécie de reação em cadeia. Ou seja, quando a Selic baixa, também cai a rentabilidade dos títulos atrelados a ela. Assim sendo, os juros cobrados para empréstimos e financiamentos também diminuem, e vice-versa.
Qual é a função da Selic?
A função da Selic é ser uma espécie de regulador da inflação e dos juros no país. Sendo assim, a Selic regula os juros e, por conseguinte, o dinheiro em circulação.
Essa taxa regula a economia porque é necessário manter o ciclo da economia funcionando, para isso, é necessário elevar ou diminuir a Selic. Pois o ciclo da economia, de forma sucinta, ora precisa que a Selic diminua, ora precisa que ela se eleve para frear o consumo e tentar conter a inflação.
Dessa forma, as taxas de juros quando caem, elevam o consumo. Essa facilidade é provocada pela queda dos juros, o que faz com que as pessoas retomem aquela compra que até então estava adiada. Por isso, controlar os juros é uma forma de direcionar o consumo da população.
Como funciona a taxa Selic?
A cada 45 dias, o Copom, órgão do Banco Central formado pelo presidente e diretores, fixa uma meta para a taxa Selic. Sendo assim, ao cobrarem suas taxas de juros, as instituições financeiras precisam usar a Selic como referência.
Dessa forma, quando o BC altera a meta da taxa Selic, a rentabilidade dos títulos indexados a ela também é alterada. Por isso, quando a Selic está mais baixa, o custo de captação dos bancos é reduzido.
Por outro lado, se a Selic sobe, a tendência é que os bancos também aumentem os juros cobrados. Por isso, a Selic impacta diretamente no consumo.