A partir do dia 1º de setembro de 2021, entrarão em vigor as novas normas para seguro de carro no país. Essas mudanças devem diversificar e flexibilizar a oferta de seguros, de forma que isso atraia novos segurados.
De acordo com a FenSeg, atualmente no Brasil pouco mais de 30% dos veículos circulantes possuem algum tipo de cobertura securitária. Entre os meses de janeiro a junho o volume acumulado de prêmios soma aproximadamente R$ 17,5 bilhões, ou seja, uma expansão de 6,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Desse modo, torna-se evidente que o mercado vem se recuperando desde o início da pandemia de Covid-19.
“O ambiente regulatório mais flexível está alinhado às melhores práticas internacionais envolvendo o Seguro Auto. Nesse sentido, o normativo traz benefícios significativos para o consumidor e para o mercado de seguros como um todo. A padronização de produtos deixa de ser a forma clássica de atuação das seguradoras. A Circular estimula a criação de novos produtos, com claro ganho de eficiência. O resultado é o aumento da competitividade e da inovação no segmento”, disse Antonio Trindade, presidente da FenSeg.
Uma das principais mudanças nas normas é a possibilidade de contratação do seguro de carro de Responsabilidade Civil Facultativa sem a vinculação com um veículo específico. Desta forma, condutores que não possuem veículo próprio poderão contratar um seguro.
Além disso, deve entrar em vigor a possibilidade dos cidadãos contratarem serviços de seguro de forma personalizada. Isso significa que será possível escolher pelo o que pagar, ou seja, o usuário pode optar por contratar seguro de carro apenas para acidentes e não para roubo e furto.
Para a Federação Nacional de Seguros Gerais, as mudanças devem abrir caminho para um novo cenário de inovações e competitividade nesse setor, beneficiando os consumidores. Apesar disso, a Federação afirma que ainda é cedo para saber se essas mudanças de fato aumentarão o número de segurados.
“A mudança ainda é muito recente, vai levar um tempo até que as empresas se estruturem. Você precisa testar a aceitação dos novos produtos, saber se terão viabilidade comercial”, informou a FenSeg.
Na última quinta-feira (26) a TEx, empresa especializada em soluções para o mercado segurador, divulgou resultados do índice de Preços do Seguro Automóvel. Segundo os dados analisados, o valor do seguro de carro caiu 12,5% entre janeiro e julho de 2021.
O levantamento ainda indica que diversos fatores podem interferir no valor final do seguro. Foi pontuado que a contratação é cerca de 20% mais cara para homens, já que a reincidência de homens em acidentes graves com perda total do veículo é maior.
A idade do veículo e quantidade de KM rodados também é um dos fatores analisados pelas seguradoras. O estudo realizado pela TEx aponta que seguros para casos usados custam quase o dobro de um automóvel 0 KM.
Mas não só a idade do veículo conta na hora das seguradoras definirem o valor final do seguro de carro. O IPSA constatou que motoristas mais novos costumam pagar (nascidos a partir de 1990), costumam pagar quase o dobro do que motoristas mais experientes (nascidos entre 1943 e 1964) pagam.