O Secretário de Política Econômica do Ministério da Cidadania, Adolfo Sachsida, deu a sua opinião sobre os programas sociais do Governo. Em entrevista nesta sexta-feira (28), ele disse que a melhor opção para o segundo semestre é unir vários projetos sociais em um só.
“Nós temos uma série de programas extremamente ineficientes. Esses programas precisam ser redirecionados para robustecer um programa social muito mais eficiente e que enderece corretamente a nova realidade decorrente da pandemia que, teve esse choque negativo sobre a pobreza da população”, disse ele.
Sachsida não elencou quais seriam esses “programas ineficientes”, mas disse que eles se uniriam em um só. Na prática, se isso acontecer de fato, então alguns projetos teriam que chegar ao fim para dar lugar a um novo. O Secretário até usou o termo “robustecer”.
Na mesma entrevista, ele reconheceu que a pobreza está aumentando no país por causa da pandemia. E disse ainda que uma melhora dessa situação passa necessariamente por remodelação dos programas sociais do Governo Federal. No entanto, ele disse que o Governo não pode esquecer do lado fiscal neste momento.
“Não adianta você criar um programa social e degringolar o lado fiscal da economia. O que nós temos que fazer é gastar melhor. Não é gastar mais, é gastar melhor”, disse ele na entrevista. O Secretário não deu mais detalhes sobre o futuro desses programas no país.
Olho no segundo semestre
Há uma grande curiosidade em torno do que vai acontecer no segundo semestre no Brasil. É que o Governo Federal está fazendo um certo mistério quanto a isso. Há quem diga, por exemplo, que o melhor caminho é remodelar o novo Bolsa Família.
Pelo menos essa é a opinião do Ministro da Cidadania, João Roma. De acordo com ele, o melhor a se fazer agora é trabalhar com esse projeto. Em entrevista recente, ele chegou a dizer que o novo programa vai estar pronto no próximo mês de agosto, ou seja, substituindo o atual Auxílio Emergencial.
A questão agora é saber se o Governo terá tempo o suficiente para conseguir colocar esse projeto em prática. Isso porque um programa desses requer tempo para uma série de análises e planejamentos. O Presidente Bolsonaro, no entanto, parece estar confiante.
Em uma entrevista recente, ele deu até um valor médio para os pagamentos do Bolsa Família. Será de R$ 250. Hoje, a média de repasses do programa está na casa dos R$ 190. Então seria portanto um aumento nos repasses. Além disso, a quantidade de beneficiários também poderá subir.
Hoje, o Bolsa Família chega na casa de cerca de 14 milhões de pessoas. Com as mudanças, mais gente poderia entrar no programa. Não se sabe ao certo quantas seriam, mas o novo projeto pegaria alguns “órfãos” do atual Auxílio Emergencial do próprio Governo Federal.
Prorrogação do Auxílio
No entanto, dentro do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional existem pessoas que preferem prorrogar o Auxílio Emergencial e empurrar a retomada do Bolsa Família para depois. Oficialmente, ainda não dá para saber qual será a decisão que o Governo vai tomar.