A cidade de São Paulo registrou em maio a cesta básica mais cara de todo o país. É o que diz a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, que foi oficialmente divulgada nesta quarta-feira (8) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A capital paulista registrou um preço médio de R$ 777, 93.
Do outro lado, a cesta básica mais barata registrada pelo Dieese em maio foi a de Aracaju. Na capital do Sergipe o preço médio foi de R$ 548,38. No entanto, é preciso ponderar que a pesquisa leva em consideração os números divulgados por apenas 17 capitais brasileiras. De todo modo, o desenho atual indica um cenário de queda na maioria das regiões.
Segundo o Dieese, o preço médio da cesta básica caiu em 14 das 17 capitais pesquisadas. De modo que a maior queda foi registrada na cidade de Campo Grande, com uma negativa de -7,30%. Veja abaixo a lista de capitais que registraram as maiores taxas de diminuição no valor médio.
De toda forma, em outras capitais, o que se viu foi um aumento no preço dos produtos. Três das maiores altas foram registradas pelo Dieese em grandes cidades das regiões norte e nordeste.
Embora a maioria das cidades tenham registrado um cenário de queda em relação ao registrado em abril deste ano, quando se compara a situação atual com a do mesmo período do ano passado, os números apresentam uma piora. Todas as capitais registraram aumento nos preços em relação ao mês de maio de 2021.
O Dieese também mostrou qual seria o salário ideal para os moradores de São Paulo no último mês de maio. Segundo o departamento, os cidadãos que moram na capital paulista deveriam receber R$ 6.535,40 para conseguir viver com dignidade.
O patamar representa o valor suficiente para que um cidadão paulistano consiga comprar comida e investir em moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. O saldo equivale a 5,39 vezes o mínimo de R$ 1212.
Os números do salário mínimo ideal variam a depender da cidade em que o cidadão está. Como visto, o valor da cesta básica varia de acordo com a capital. Assim, os números são diferentes para cada uma das regiões.
Nova pesquisa divulgada nesta semana mostra que mais de 33 milhões de brasileiros estão em situação de fome no Brasil. Trata-se do número de cidadãos que não conseguem comer regularmente todos os dias no país.
O levantamento foi feito pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar Nutricional (Penssan). Os dados mostram que o número de cidadãos nesta situação quase dobrou entre os anos de 2020 e de 2021. Nem mesmo os pagamentos do Auxílio Emergencial foi capaz de diminuir o tamanho do problema.
Por outro lado, mais brasileiros estão conseguindo trabalho nos últimos meses. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a taxa de desemprego para o trimestre que acabou em abril ficou em 10,9%. É, portanto, o menor nível desde 2015.