Desde o início de 2021, os cidadãos de todo o país têm notado como a inflação está prejudicando o poder de compra dos brasileiros, mesmo com o reajuste do salário mínimo em 2021. Essa inflação dos preços afeta em especial a classe com renda mais baixa, que é aquela que em geral apenas consegue utilizar o salário para a compra de itens básicos.
Entre as maiores altas, por exemplo, esta a carne que subiu uma média de 8%, frango com alta de 11%, conta de luz com avanço já de 10% e agora com previsão de uma alta ainda maior por conta da nova bandeira tarifária, além do botijão de gás que chegou ao impressionante patamar de 23% de alta.
O salário mínimo para 2021 está em R$ 1.100, mas o brasileiro vem percebendo a perda do seu rápido poder de compra ao longo dos últimos meses, pois conforme a inflação avança, os produtos vão encarecendo com um real tão desvalorizado em relação ao dólar.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), acompanha mês a mês a evolução dos produtos de acordo com a alta da inflação, sendo que o indicador deste ano já está entre os maiores das últimas décadas.
Nos oito primeiros meses do ano, a inflação acumulada já está maior do que os outros anos inteiros, até mesmo em comparação ao ano de 2020 onde começou a pandemia. Em 2020, o INPC fechou em 5,5% e 4,5% em 2019, sendo que neste ano a alta da inflação em oito meses já é de 8%.
Mesmo com o reajuste de R$ 55 do salário mínimo, saindo dos R$ 1.045 do ano passado para os atuais R$ 1.100, a inflação em apenas oito meses já corroeu o poder de compra deste valor acrescido. Isso quer dizer que o salário mínimo atual já precisaria ser corrigido para no mínimo R$ 1.108, para haver algum ganho sobre a inflação.
Outro índice que foi relatado pelo Dieese, diz que o que se comprava com R$ 1.038 reais em janeiro, agora são necessários os atuais R$ 1.100 do salário mínimo vigente. 2006 foi o ano onde a inflação até o mês de agosto se manteve nos patamares mais baixos, com 1,16%.
É um direito segundo a Constituição Federal, de aumentar todo ano o salário mínimo e que ele seja corrigido perante à inflação. Geralmente os ajustes são realizados em janeiro pelo Governo Federal, porém sempre que a inflação avança ao longo dos meses do ano, esse reajuste vai perdendo valor e não configura ganho real sob a inflação.
A alta mais considerável da inflação aconteceu principalmente para o grupo da alimentação, onde em especial as famílias de menor renda utilizam a maior parte do salário mínimo apenas para a compra de produtos essenciais da cesta básica. É para este grupo que qualquer reajuste já faz a maior diferença.