Os brasileiros comemoraram mais uma grande notícia nesta semana. De acordo com um levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço do gás de cozinha caiu novamente no país, o que deixou todos surpresos.
Em resumo, os valores do botijão de 13 quilos vêm recuando no país desde o final de 2022, aliviando aos poucos o bolso do brasileiro. Nesta atualização do levantamento da ANP, o botijão custou R$ 107,50, em média, no país.
A título de comparação, o gás de cozinha ficou 6,22% mais caro em 2022. Já neste ano, o valor do gás de cozinha está 1,05% menor, o que corresponde a uma queda de R$ 1,14.
Embora o recuo seja tímido, é melhor do que qualquer aumento. Aliás, na semana passada, em quatro regiões brasileiras os brasileiros aproveitaram a queda dos preços: Centro-Oeste (-0,61%), Sudeste (-0,23%), Norte (-0,08%) e Sul (-0,05%). Por outro lado, o valor do botijão subiu 0,25% no Nordeste.
Com o acréscimo destas variações, o preço médio do gás de cozinha foi o seguinte nas regiões brasileiras:
A ANP também revelou que o gás de cozinha ficou mais barato em 15 das 27 Unidades da Federação (UFs) na semana passada. A queda mais expressiva veio de Goiás (-1,28%), enquanto os outros recuos foram bastante tímidos.
Em contrapartida, os preços subiram em nove estados, entretanto, nenhum avanço se destacou. Já em Roraima, o valor se manteve novamente estável em relação à semana anterior.
Na semana passada, o Rio de Janeiro continuou comercializando o gás de cozinha mais barato do Brasil, com um preço médio de R$ 94,99. Inclusive, o local apresentou o menor valor em todas as semanas de 2023, e o valor do botijão de 13 quilos na capital fluminense ficou 11,6% mais barato que a média nacional.
Veja abaixo os locais com os menores preços do botijão de 13 quilos no país na semana passada:
Em contrapartida, o botijão mais caro do país foi o do Roraima (R$ 129,36). Vale destacar que, em 2022, o Mato Grosso liderou o ranking nacional dos preços mais caros de 2022 por 33 semanas. Em seguida, ficaram Rondônia (nove semanas), Roraima (três), Acre (três) e Tocantins (uma).
Isso mostra que, no ano passado, Roraima não teve um destaque muito significativo entre os maiores valores do país. Contudo, em 2023, o estado nortista se manteve na primeira posição nacional em todas as semanas de 2023, com o maior preço do país. Nesta atualização, o valor do botijão de 13 quilos superou em 20,3% a média nacional.
Confira abaixo os estados que tiveram os preços mais elevados do gás de cozinha na semana passada:
Todos sabem que o gás de cozinha é um item muito importante no dia a dia dos brasileiros. No entanto, o seu valor continua elevado, mesmo com as recentes quedas, justamente porque os recuos foram bem tímidos.
Por conta disso, o governo federal paga um benefício às famílias de renda mais baixa para que tenham condições de adquirir um botijão de 13 quilos com mais facilidade. Assim, não terão que comprometer a renda reduzida que possuem.
O pagamento do vale-gás nacional ocorre bimestralmente, ou seja, a cada dois meses. Como a última parcela foi paga em fevereiro, os beneficiários não irão receber o benefício neste mês de março, mas apenas em abril.
Em suma, o vale-gás tem a previsão de cobrir 50% do valor de um botijão de 13 quilos. Contudo, a Emenda Constitucional nº 123 permitiu ao governo gastar R$ 41,2 bilhões além do teto de gastos em meados de 2022. Com isso, o valor do auxílio ficou turbinado no ano passado, passando de R$ 53, em junho, para R$ 110, em agosto.
O vale-gás pago em dezembro marcou o fim da turbinada proporcionada pela Emenda Constitucional nº 123. Entretanto, o valor seguirá acima de R$ 100 em 2023 graças à Emenda Constitucional nº 126, que elevou o teto de gastos em R$ 145 bilhões, e permitiu ao governo Lula manter o auxílio turbinado neste ano.
Por fim, o vale-gás pagou R$ 110 em fevereiro às famílias beneficiárias. Isso quer dizer que os moradores de 13 UFs conseguiram comprar o botijão apenas com o valor do benefício.
Tal feito é muito positivo, ainda mais porque o vale-gás é pago às famílias de baixa renda e tem a previsão de cobrir 50% do valor do botijão de 13 quilos. No entanto, os beneficiários estão aproveitando valores bem maiores há vários meses.