Está confirmado. O salário mínimo para 2021 será de R$1.100, conforme informou o Governo Federal. O grupo econômico publicado uma Medida Provisória (MP) no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, 31 de dezembro, oficializando o novo valor a ser pago aos trabalhadores a partir do próximo ano.
A assinatura da MP foi anunciada por Bolsonaro na última quarta-feira (30).
“Assinarei ainda hoje MP que eleva o salário mínimo para R$ 1.100, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2021. É um aumento de 5,26% em relação ao valor atual (R$ 1.045). O valor de R$ 1.100 se refere ao salário mínimo nacional. O valor é aplicável a todos os trabalhadores, do setor público e privado, e também para as aposentadorias e pensões”, anunciou o presidente em uma rede social.
Ainda, o novo valor proposto pelo presidente é maior do que o previsto pelo próprio governo no projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) enviado e aprovado pelo Congresso, de R$ 1.088, que leva em conta a projeção do Ministério da Economia para o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 2020, de 4,11%.
O valor liberado pelo governo será maior da projeção inicial de R$1.088 que o Governo enviou ao Congresso no dia 15 de dezembro. Naquela ocasião, o Governo já realizou um reajuste inicial de R$1.066 para os R$1.088.
Agora, com essa nova MP, já está valendo e o novo salário mínimo entra em vigor já a partir desta sexta-feira, 1º de janeiro. Vale destacar, no entanto, que o Congresso ainda tem que aprovar essa MP para que ela se torne de fato uma lei.
Atualmente, o salário mínimo está fixado no valor de R$1.045. A quantia paga mensalmente aos trabalhadores não corresponde um valor com aumento real se considerarmos os anos de 2019 e 2020.
Salário mínimo
O Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, comentou sobre o aumento de salário mínimo para 2021. Segundo ele, a cada R$1 de aumento o Governo gasta mais R$351 milhões no Orçamento final.
Sendo assim, com esse aumento de R$1.088 para R$1.100, o Governo deverá gastar portanto algo em torno de R$ 4 bilhões a mais. Rodrigues garantiu, assim, que esse aumento não deve ultrapassar o teto de gastos do país e disse que a equipe econômica está tranquila quanto a isso.