Se você faz parte do grupo de trabalhadores que optou pela modalidade do saque-aniversário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), já pode começar a se programar para o recebimento dos saldos de 2025, antes mesmo da chegada do ano novo.
De acordo com as informações do governo federal, a lógica de pagamentos do saque-aniversário do FGTS para o ano de 2025 seguirá basicamente a mesma. A ideia é liberar o saldo por um período de três meses para cada trabalhador.
O empregado que opta pelo saque-aniversário do FGTS, passa a ter o direito de sacar a quantia todos os anos sempre no mês de seu aniversário e nos dois meses seguintes.
Imagine, por exemplo, que um trabalhador nasceu no mês de janeiro. Nesse caso, o saldo estará disponível para saque nos meses de janeiro, fevereiro e março.
Já para quem nasceu no mês de março, o saque-aniversário do FGTS estará disponível nos meses de março, abril e maio, e assim sucessivamente até o final do ano.
O trabalhador que opta pelo saque-aniversário do FGTS, no entanto, perde o direito de sacar a quantia em momentos emergenciais, como em uma demissão sem justa causa, por exemplo.
Seguindo a lógica, esse é o calendário oficial de pagamentos do saque-aniversário do FGTS para o ano de 2025, de acordo com as informações do Ministério do Trabalho:
Desde que assumiu a pasta do Ministério do Trabalho, o ministro Luiz Marinho vem dizendo que vai trabalhar para acabar com o saque-aniversário do FGTS. Ele argumenta que esse sistema seria injusto com os trabalhadores.
Em entrevistas recentes, concedidas no decorrer deste ano de 2024, o ministro disse que enviaria ao congresso o projeto de lei que substituiria o saque-aniversário do FGTS por uma espécie de consignado. Contudo, o fato é que o ano chegou ao fim e o ministro não enviou nenhum documento como esse.
Algumas instituições e associações representativas estão se manifestando contra o fim do saque-aniversário. Na última semana, por exemplo, a Associação Brasileira de Internet (Abranet), a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e a Zetta (que reúne fintechs como Nubank e Mercado Pago) enviaram uma carta ao presidente Lula para tratar sobre o assunto.
Na carta em questão, as organizações argumentam que a medida seria prejudicial para milhões de trabalhadores, sobretudo os negativados, que utilizariam o dinheiro do saque-aniversário para pagar as suas contas.
“As associações reconhecem os esforços do governo em criar linhas de crédito mais acessíveis e expressam apoio à introdução do consignado privado como uma alternativa. No entanto, destacam que essa linha de crédito não atenderia todos os trabalhadores, muitos dos quais não têm acesso ao crédito consignado tradicional ou necessitam de mais de uma opção.”.