Saiba como sacar o “Dinheiro Esquecido” através do sistema do Banco Central
Pessoas físicas e jurídicas podem ser beneficiadas
O Banco Central do Brasil (BC) fez um anúncio na segunda-feira (08/08) passada, informando à população que cerca de R$7,2 bilhões estão disponíveis para saque no Sistema de Valores a Receber (SVR). Todavia, esses dados são referentes a julho. É o chamado “Dinheiro Esquecido”, que pode beneficiar muitas pessoas.
Analogamente, o SVR é um serviço disponibilizado pelo Banco Central onde se pode consultar se a pessoa física, até mesmo a falecida e pessoas jurídicas, possuem algum dinheiro esquecido em alguma instituição financeira, bancos e consórcios. Portanto o cidadão deve ficar de olho para receber os valores.
De acordo com o Banco Central, dos valores totais presentes em seu sistema, R$5,8 bilhões estão à disposição de cerca de 31,7 milhões de pessoas físicas, CPFs e R$1,4 bilhão estão disponíveis para 2,8 milhões de pessoas jurídicas, ou seja, CNPJs. Aliás, 63,1% dos saques disponibilizados são de R$10 no total.
Analogamente, 63,7% se destinam a saques entre R$0 a R$10, 24,99% para a retirada de R$10,01 e R$100. 10,8% se destinam a movimentação entre R$100,01 a R$1.000 e 1,77% para valores acima de R$1.000,01. O Banco Central diz que os beneficiários que possuem o dinheiro esquecido em mais de uma faixa são contados mais de uma vez.
Dinheiro esquecido
Desse modo, até as últimas informações divulgadas pelo Banco Central, sobre o dinheiro esquecido, cerca de R$4,4 bilhões já foram devolvidos pelo sistema, às pessoas físicas e jurídicas beneficiárias. O SVR ficou fora do ar por quase um ano, sendo reaberto no mês de maio deste ano, apresentando algumas melhorias.
Podemos destacar neste salto qualitativo, algumas novas fontes de recurso, novo sistema de agendamento, e ainda, a possibilidade do cidadão de sacar o dinheiro esquecido de pessoas já falecidas. Segundo o Banco Central, no mês de março houve o resgate de cerca de R$505 milhões, caindo para R$259 milhões em abril.
Já no mês de maio, as pessoas físicas e empresas de todo o país retiraram cerca de 232 milhões do sistema do Banco Central e R$229 milhões no último mês de junho. Este cenário só foi possível porque houve a instituição de melhorias no SVR que facilitou bastante a retirada do dinheiro esquecido pelos seus beneficiários.
De fato, houve uma nova fase do SVR, que apresentou algumas novidades em seu sistema. Há, por exemplo, a possibilidade de impressão de telas, e de protocolos de pedidos para serem compartilhados no aplicativo do Whatsapp. Em síntese, houve também a inclusão de todos os valores estabelecidos na norma do SVR.
Outras melhorias no SVR
A partir da instituição do novo SVR, apresentou-se também uma nova sala de espera virtual. Ela torna possível a todos os usuários do sistema consultarem os valores no mesmo dia, se possuem o dinheiro esquecido. Dessa maneira, não é mais necessário a criação de um cronograma por ano de nascimento ou criação da empresa.
São várias as melhorias que o Banco Central apresentou para o novo SVR. Existe também a possibilidade de fazer uma consulta no seu sistema para retirar os valores que se destinavam à pessoa já falecida. Sendo assim, os herdeiros, testamentários, inventariantes, ou representante legal, terão acessos aos valores estabelecidos.
Retirada do dinheiro esquecido
Da mesma forma que o sistema do Banco Central trabalha com pessoas físicas vivas, o SVR informa a instituição financeira no qual a pessoa falecida possuía uma conta, o dinheiro esquecido, e a faixa de valor correspondente ao benefício. Enfim, o novo sistema se tornou muito mais transparente, principalmente em relação a quem possui conta conjunta em um banco.
Em relação a esse cenário, se um dos titulares da conta da instituição financeira solicitar a retirada do dinheiro esquecido, a outra pessoa então, no momento em que entrar no sistema do Banco Central, poderá ver os dados e informações. Elapoderá observar,por exemplo, o valor do saque, a data de retirada, e o CPF de quem fez a solicitação.
Em conclusão, houve neste ano de 2023, a inclusão de novos recursos financeiros que não estavam disponíveis no lote de 2022. O sistema acrescentou as contas de pagamentos pré e pós-pagos. Além disso, houve o incremento de contas de registros de corretoras e distribuidoras finalizadas e outros recursos disponíveis pelos bancos.