O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que não foi informado pelo governo sobre uma possível prorrogação do auxílio emergencial de R$ 600. Nesta semana, diversos veículos confirmaram que o presidente Bolsonaro havia autorizado as discussões sobre a prorrogação do programa.
“Comecei a ouvir ontem [terça-feira], de jornalistas e deputados, que o governo estava querendo prorrogar até o fim do ano, mas comigo ninguém conversou”, disse Maia em entrevista à rádio Banda B.
Apesar de cogitar estender o auxílio até dezembro de 2020, a ideia do governo é que as novas parcelas sejam menores que R$ 600. Uma possibilidade é de cada nova parcela a R$ 200. Atualmente, o governo paga cinco parcelas de R$ 600 no auxílio emergencial. O programa foi criado para pagar três parcelas de R$ 600, mas teve prorrogação de mais dois meses.
Também ontem, dia 05, o presidente Bolsonaro afirmou que “não dá para continuar muito” com o pagamento do programa voltado aos trabalhadores mais vulneráveis.
“Não dá para continuar muito porque, por mês, custa R$ 50 bilhões. A economia tem que funcionar. E alguns governadores teimam ainda em manter tudo fechado”, reclamou Bolsonaro. A declaração foi dada no Palácio da Alvorada, após um de seus apoiadores agradecer pelo auxílio emergencial de R$ 600.
A possível prorrogação do auxílio ainda não foi confirmada oficialmente pelo governo.
No dia 5 de agosto, o ministro da Economia Paulo Guedes afirmou que o governo não suporta prorrogar o auxílio emergencial novamente com parcelas a R$ 600. A declaração foi dada durante audiência pública na Comissão Mista Temporária da Reforma Tributária.
“O Brasil não aguenta muito tempo. Se o auxílio fosse de R$ 200, R$ 300, dava pra segurar seis meses, um ano”, disse ele. O ministro também afirmou que o governo está estudando a reformulação do auxílio emergencial com o Renda Brasil.
No início desta semana, diversos veículos confirmaram que o governo está estudando forma de prorrogar o auxílio emergencial mais uma vez. Agora, o governo cogita a prorrogação até o fim de 2020. Entretanto, essa prorrogação não manteria as atuais parcelas de R$ 600. A ideia do governo é pagar um menor valor por parcela, possivelmente R$ 200.
Mais cedo, nesta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que “não dá para continuar muito”, se referindo ao pagamento do auxílio emergencial. “Não dá para continuar muito porque, por mês, custa R$ 50 bilhões. A economia tem que funcionar. E alguns governadores teimam ainda em manter tudo fechado”, reclamou Bolsonaro. A declaração foi dada no Palácio da Alvorada a um apoiador que agradeceu pelo auxílio.