O que dizem os especialistas sobre a retomada da economia no período pós pandemia?
O CEDES (Centro de Estudos e Debates Estratégicos) da Câmara dos Deputados, ouviu diversos economistas referente ao assunto de maior dúvida no cenário econômico atual, o período pós pandemia da Covid-19.
O que dizem os economistas?
A visão dos economistas é pessimista e defende a participação do Estado nessa retomada. O economista Marco Antônio Rocha, professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campina) acredita que na indústria haverá uma concorrência brutal, além de impactar a automação no chão de fábrica no setor de serviços. Ainda de acordo com o economista, o desemprego não será reduzido para níveis aceitáveis.
Gabriel Rached, doutor em economia e professor de direito na UFF (Universidade Federal Fluminense), defende a participação ativa do poder público lembra, que esse modelo de retomada já foi utilizado em outros países.
Professor de economia na UFBA (Universidade Federal da Bahia), o professor Uallace Moreira, ainda cita exemplos como o da Inglaterra e da Alemanha. A Inglaterra criará um banco de desenvolvimento e a Alemanha, visando financiar o desenvolvimento e a recuperação econômica, aumentou o volume de banco público em quatro vezes.
O presidente do CEDES, o deputado Josias Mário da Vitória (Cidadania-ES), defende o uso de recursos públicos, porém reitera que é preciso tomar cuidado com os gastos. “…é preciso ter cautela diante das dificuldades financeiras que a pandemia gerou mas o braço forte é o governo federal.”
O CEDES
O CEDES é um órgão vinculado à Presidência da Câmara dos Deputados e se dedica a promoção de estudos com temas relacionados aos programas, planos, projetos e ações governamentais, ao planejamento das políticas públicas e instrumentos normativos, conforme definição que consta o site da Câmara dos Deputados.
Pandemia da Covid-19
No Brasil, a explosão da pandemia pelo vírus Sars-CoV-2, o Novo Coronavírus, ocorreu em março de 2020. Após o decreto de isolamento social, mesmo com algumas medidas sendo tomadas, a economia brasileira sofreu uma grave piora.
O Governo Federal implantou medidas para amenizar o impacto na economia, foi criado o auxílio emergencial, o programa de suspensão e redução da jornada de trabalho, algumas regras trabalhistas foram flexibilizadas, a oferta de empréstimos para micro e pequenas empresas através do Pronampe (Programa Nacional de apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), entre outras ações, medidas e programas com o objetivo de ajudar na economia do país. A vacinação começou em janeiro de 2021 e segue ainda hoje, atingindo o número de 50 milhões de pessoas imunizadas.