O Governo de Deodoro da Fonseca foi o primeiro governo republicano da história do Brasil.
Esse assunto é abordado com frequência por questões de história do Brasil, principalmente nos vestibulares, nos concursos e na prova do ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio.
Dessa forma, para te ajudar nos seus estudos, o artigo de hoje trouxe um resumo completo sobre o Governo de Deodoro da Fonseca. Confira!
Como mencionado, o Deodoro da Fonseca foi o primeiro presidente do Brasil logo após a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889.
O governo foi caracterizado por uma grande e profunda crise política e econômica. A primeira crise foi motivada pela existência de uma disputa entre dois grupos: os positivistas, que defendiam que o país deveria ser governado por uma república autoritária, e os liberais, que defendiam a formação de uma Assembleia Constituinte e um governo que respeitasse a autoridade dos outros dois poderes.
O Governo Provisório
O governo de Deodoro foi dividido em duas fases: uma provisória e uma constitucional.
O Governo Provisório de Deodoro começou em 1889, com a Proclamação da República, e acabou em 1891, com a instauração da segunda fase de seu governo.
Durante essa fase, os militares queriam apagar os símbolos e as instituições relacionadas à monarquia. Além disso, durante os primeiros meses de governo, Deodoro foi o responsável por causar uma série de outras mudanças, como a separação do Estado e da Igreja Católica e a criação da bandeira republicana com o lema Ordem e Progresso.
Porém, durante a primeira fase de seu governo, Deodoro enfrentou uma forte crise econômica: a “Crise do Encilhamento”. A desestabilização econômica foi causada primeiramente pela inflação, que acometeu o país quando o Ministro da Fazenda Rui Barbosa autorizou os bancos privados a emitir quantidades absurdas de papel moeda sem reserva. Com isso, uma especulação financeira foi gerada e a economia do país entrou em colapso.
A segunda Constituição brasileira foi promulgada no dia 24 de fevereiro de 1891, iniciando a fase constitucional do governo de Deodoro.
Com esse documento, o caráter federalista da constituição americana foi aplicado no Brasil, o que fez com que as oligarquias e os coronéis adquirissem poderes políticos importantes e autonomia local.
Contudo, o autoritarismo de Deodoro da Fonseca gerou uma crise política no país. A ambição de Fonseca e as disputas com os membros do legislativo e com o seu vice, Floriano Peixoto, causaram a perda de apoio e a insatisfação com o governo.
Com a forte oposição dos parlamentares, Deodoro fechou o Congresso Nacional no dia 3 de novembro de 1891, violando artigos da Constituição. Como forma de responder à essa atitude do presidente, os ferroviários da Central do Brasil entraram em greve e a Armada da Marinha declarou oposição ao governo federal, exigindo a renúncia do Marechal. Além disso, os membros da marinha ameaçaram bombardear a capital do país. Esse episódio ficaria conhecido como Revolta da Armada.
Diante desse cenário e da perda de apoio, Deodoro da Fonseca renunciou ao seu cargo no dia 23 de novembro de 1891.