República Velha: tópicos que você precisa dominar para o ENEM
Esses tópicos podem ser cobrados pelas questões do ENEM
O termo “República Velha” é usado para definir a primeira fase da República Brasileira, definida em dois períodos diferentes: a República da Espada e a República Oligárquica.
Esse assunto é extremamente abordado por questões de história do Brasil dentro das principais provas do país, com um destaque para o ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio.
Dessa maneira, para te ajudar a alcançar um bom desempenho no ENEM, o artigo de hoje trouxe um resumo com os tópicos sobre a República Velha que você precisa dominar. Vamos conferir quais são eles!
A proclamação da República
A proclamação da República dá início ao período conhecido como República Velha. O evento aconteceu como um resultado da crise do Segundo Reinado e também das diversas transformações que aconteceram no Brasil ao longo do século XIX.
Com a proclamação, um novo período foi instaurado no país, bem como um novo governo que era, desta vez, republicano e não monárquico.
A República da Espada
A República da Espada foi a primeira fase da República Velha e aconteceu entre os anos de 1889 e 1894. O período recebeu esse nome porque os dois presidentes que governaram o Brasil durante esse período eram militares: Marechal Deodoro da Fonseca, que havia proclamado a República, e Marechal Floriano Peixoto.
Deodoro da Fonseca foi responsável por começar o governo provisório logo após a proclamação da República e se tornou o primeiro presidente do Brasil em 1891. Floriano Peixoto era o seu vice.
Com um governo cheio de conturbações e problemas, Deodoro acabou renunciando no mesmo ano. Com isso, o Marechal Floriano Peixoto, que era seu vice, assumiu o cargo e governou até o ano de 1894.
A Constituição de 1891
No ano de 1891, durante o governo provisório, foi criada a primeira Constituição da República brasileira.
Essa constituição foi responsável pela consolidação de diversas mudanças no país, estabelece uma mudança muito significativa em relação ao Segundo Reinado. Dentre as principais transformações, podemos citar: a separação entre Estado e Igreja, a liberdade da imprensa, o federalismo e o voto secreto.
Além disso, a Constituição de 1891 foi responsável por instaurar uma república democrática e pluralista no Brasil.
A Política do Café-com-Leite
A política do café-com-leite foi muito importante para a segunda fase da República Velha: a República Oligárquica.
O termo “política do café-com-leite” foi usado para definir a política de aliança estabelecida entre as grandes oligarquias dos estados de Minas Gerais e São Paulo, que se revezavam no poder e no controle do país, uma vez que eram os dois estados mais poderosos do Brasil na época.
Os dois estados criaram dois partidos: o Partido Republicano Paulista (PRP) e do Partido Republicano Mineiro (PRM). Eles seriam os dois principais partidos de toda a República Oligárquica e controlariam o poder federal durante o período. Apenas três presidentes da República Oligárquica não eram de São Paulo ou de Minas Gerais: Hermes da Fonseca, Epitácio Pessoa e Washington Luís.
A Guerra de Canudos
A Guerra de Canudos (1896-1897) foi um acontecimento marcante da República Velha e que é muitas vezes abordado pela prova do ENEM, especialmente porque foi retratado pelo escritor Euclides da Cunha em sua obra Os Sertões.
O conflito é um exemplo da violência e da desigualdade social que marcaram a República Velha. Em 1896, sertanejos liderados por Antônio Conselheiro que viviam em Canudos, Bahia, se rebelaram contra o governo central, mas foram duramente reprimidos pelas tropas do exército.
A Revolta da Vacina
Além da Guerra de Canudos, a Revolta da Vacina também foi um acontecimento marcante que aconteceu durante a República Velha.
No ano de 1904, o governo lançou uma campanha de vacinação obrigatória contra a varíola no Rio de Janeiro. O projeto havia sido idealizado por Oswaldo Cruz.
Porém, a campanha gerou forte resistência por parte da população, que considerava a vacina uma ameaça e um exemplo de autoridade do governo. Com isso, a população se rebelou contra o exército, que era responsável por aplicar as vacinas.