O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (28) os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). A pesquisa indica que o rendimento médio real dos trabalhadores brasileiros encerrou o ano de 2022 em R$ 2.715, ou seja, houve uma redução de 1% em relação ao ano anterior.
Apesar disso, ao analisar o último trimestre do ano passado, a renda real cresceu 1,9% em relação ao terceiro trimestre do mesmo ano. Vale lembrar que entre 2020 e 2021 a renda média dos trabalhadores já havia caído 7%, passando de R$ 2.949 para R$ 2.743. A queda representa uma perda de 7,9% no poder de compra dos cidadãos em apenas dois anos.
De acordo com os dados divulgados pelo IBGE, no 4º trimestre do ano passado, a taxa de desocupação no Brasil foi estimada em 7,9%. A porcentagem indica uma redução de 0,8 ponto percentual em comparação ao 3º trimestre do mesmo ano (8,7%) e de 3,2 pontos percentuais ao comparar com o 4º trimestre de 2021 (11,1%).
O indicador também apresentou uma análise por regiões, indicando que o Norte e o Centro-Oeste se mantiveram estáveis no 4º trimestre de 2022. No Nordeste houve uma redução de 12,0 para 10,9 na taxa de desocupação, enquanto no Sul a redução foi de 5,2 para 4,5. Por fim, a região Nordeste continuou apresentando a maior taxa de desocupação do país, com 10,9%.
Os dados disponibilizados pela Pnad Contínua também revelam que a distribuição de pessoas desocupadas na semana de referência nos grupos de pessoas de 18 a 24 anos e 25 a 29 anos continuou superior aos outros grupos estágios. “Nas Grandes Regiões, a composição dos dois grupos etários oscilou entre 28,2% no Sudeste e 33,9% no Norte para o grupo de 18 a 24 anos, e entre 31,4% no Sul e 39,7% no Norte para o grupo de 25 a 39 anos”, informou o IBGE.
Segundo o IBGE, no 4º trimestre de 2022 a população em idade de trabalhar no Brasil representa 81,0% da população total. Vale informar que nas regiões Sudeste (82,5%) e Sul (81,8%) estes percentuais eram superiores às demais regiões brasileiras. Já o menor percentual foi registrado no Norte (77,2%).
A análise por gênero indica que no período, as mulheres continuavam sendo maioria entre as pessoas em idade de trabalhar. No 4º trimestre de 2022, as mulheres em idade para trabalhar representavam 51,7% da população.
A Pnad Contínua foi criada com o objetivo de acompanhar as alterações trimestrais em curto, médio e longo prazo da força de trabalho no país, bem como outras informações relevantes para o desenvolvimento socioeconômico brasileiro. Para isso, a pesquisa analisa diversas formas de trabalho, cuidados, afazeres domésticos, tecnologia da informação, comunicação, entre outras. Mais informações sobre a Pnad podem ser obtidas no site do IBGE.