Reformas do Governo são suspensas; ‘prioridade é pandemia’, diz secretário de Guedes
Segundo o secretário, a retomada das propostas com o fim da crise é garantida: "A prioridade [do Ministério da Economia] agora é tomar medidas para a pandemia
Nesta quinta-feira (23), o secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, afirmou em entrevista, que as reformas tributária, fiscal, administrativa e da previdência, principais bandeiras do governo Bolsonaro para a Economia, estão temporariamente suspensas durante a crise do coronavírus.
“Estávamos preparados para finalizar a reforma tributária neste ano, levar a fiscal ao Congresso, estava tudo no nosso cronograma para este semestre. Com a pandemia, suspendemos as reformas, até porque o Congresso está com funcionamento mais restrito”, disse Guaranys.
Segundo o secretário, a retomada das propostas com o fim da crise é garantida: “A prioridade [do Ministério da Economia] agora é tomar medidas para a pandemia, mas as reformas, que são a nossa chave para o país crescer de forma sustentável, voltam com força total logo depois que a pandemia passar”.
Medidas contra o coronavírus
Em sua declaração, o secretário afirmou que, especialmente diante de uma crise de saúde, “o governo tem que dar o melhor retorno possível para a população” e elogiou a equipe do Ministério da Economia por “preparar em dias medidas que são feitas em meses”.
O secretário afirmou a cautela em todas as decisões tomadas pelo Ministério: “Crise gera ansiedade, mas a nossa preocupação desde o começo é ter muita cautela, não tocar medidas sem analisar a fundo”.
Guaranys, que já foi presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), comparou a crise do novo coronavírus com os ataques do 11 de setembro, nos Estados Unidos — porém, afirmou que a pandemia é a pior crise que teve que lidar em sua carreira.
“No 11 de setembro, ninguém sabia o que estava acontecendo e a primeira medida foi colocar todas as aeronaves no chão, todos os aviões dos Estados Unidos foram obrigados a pousar. No dia foi um susto, depois foi relaxando e as medidas que faziam sentido foram mantidas. Na pandemia é a mesma coisa, a gente não sabe como lidar e a a primeira reação foi fechar tudo”, disse.
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