Economia

Reajuste no salário mínimo e benefícios do INSS: Qual a relação?

De acordo com a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a inflação de 2021 atingirá 7% até dezembro. Seguindo esse dado, o reajuste do salário mínimo de 2022 será o maior dos últimos seis anos, passando de R$ 1.100 para R$ 1.177.

Neste sentido, é certo dizer que o piso nacional terá um acréscimo de R$ 77. No entanto, a correção não apresenta ganhos reais, garantindo apenas o poder de compra dos trabalhadores brasileiros.

Todavia, o reajuste não só impacta os trabalhadores, mas também beneficiários de projetos e programas governamentais, como os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Acontece que, a autarquia deve acompanhar as mudanças no piso nacional. Isso porque, por lei, o INSS não pode pagar mensalidades com um valor inferior a um salário mínimo, sendo o piso, a base salarial para os outros benefícios também.

Diante a isso, considerando a previsão para o ano que vem, quem atualmente recebe R$ 1.100 do Instituto, a partir de janeiro de 2022 receberá R$ 1.177. Já os segurados que recebem mais que o piso nacional, também terão suas mensalidades corrigidas, tendo em vista que o salário também é utilizado para calcular as quantias, conforme a oscilação da inflação.

Da mesma forma, vale ressaltar que os contribuintes da Previdência Social também terão os seus recolhimentos elevados, já que devem ser proporcionais à categoria de aposentadoria desejada, também baseada no salário mínimo vigente.

Contudo, o Ministério da Economia salienta que a cada aumento de R$ 1 no piso nacional, o custo gerado aos cofres públicos é de R$ 315 milhões. Desta forma, pautando o reajuste de R$ 1.177 para o próximo ano, o impacto previsto no Orçamento de 2022 pode ser superior a R$ 24 bilhões.

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