As aulas presenciais foram suspensas em meados de março em todo o Brasil. Desse modo, a reabertura das escolas após cerca de sete meses se faz urgente. No entanto, a volta às aulas implica em uma série de ações de adequação ao contexto de crise sanitária.
Além disso, as escolas precisarão lidar com os danos causados durante os meses de afastamento. A educação se depara, então, com um cenário de abismo de aprendizagem e de riscos de maior índice de evasão escolar.
Com isso, as demandas educacionais aumentam e bem como os custos das escolas. Em contrapartida, os recursos da educação têm sofrido com o impacto da crise. De acordo com o relatório “Covid-19: Impacto Fiscal na Educação Básica”, as redes municipais e estaduais devem perder entre R$ 13 bilhões e R$ 40 bilhões só neste ano.
Os dados do levantamento feito pelo Instituto Unibanco e pela organização Todos pela Educação, em parceria com o Consed, evidenciam, desse modo, a disparidade entre o aumento de custos e a redução de recursos.
Há a necessidade de uma gestão diferenciada
Em entrevista ao Estadão, Ricardo Henriques, superintendente executivo do Instituto Unibanco, afirmou que a gestão pedagógica “precisará ser ainda mais fina e customizada”.
De acordo com o especialista, a gestão deve pensar nas etapas para viabilizar a reabertura das escolas. Assim, o primeiro passo seria dar condições objetivas para implementar os protocolos de saúde. Já o segundo passo seria pensar as estratégias de acolhimento e, por fim, em um terceiro momento, é preciso realizar um bom diagnóstico.
Além disso, o Henriques defende que “há recursos que podem ser melhor direcionados do que estavam”, apesar de haver ainda a necessidade de recursos novos diante da crise que se avizinha. Ainda nesse sentido, Henriques afirma que um boa estruturação do Fundeb tem papel essencial nesse cenário.
De acordo com o estudo do Instituto Unibanco, é preciso acelerar o processo de regulamentação do Fundeb, para que esteja ativo em 1º de janeiro de 2021.
Fonte: Estadão.
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