Primeira mulher eleita para ingressar na Academia Brasileira de Letras, Raquel de Queiroz (1910-2003) foi uma importante escritora brasileira, uma das mais relevantes do século XX. Nascida em 1910, no Ceará, Raquel se mudou junto com a família para o Rio de Janeiro, devido a uma forte seca que atingiu a região na qual nasceu. Ela chegou a morar em Belém, mas acabou por retornar ao Ceará em 1919, onde fixou residência.
Obras e trajetória de Raquel de Queiroz
Além de trabalhar como escritora, Raquel de Queiroz atuou ainda como jornalista, tendo iniciado a carreira jornalística aos 17 anos. No entanto, suas maiores contribuições foi como romancista. Aos 19 anos, ela iniciou a escrita do seu livro de estreia. A obra O Quinze, publicada pela primeira vez em 1930, teve uma ótima recepção e consagrou a escritora, tornando-a conhecida em nível nacional. O Quinze rendeu ainda a Raquel o importante prêmio da Fundação Graça Aranha, além de colocá-la ao lado de outros autores como representante da fase regionalista do Modernismo no Brasil.
Raquel também teve uma vida política muito ativa. Em 1937 chegou a ser presa e passou dois anos na prisão, após ser acusada pelo Governo de Vargas de ser comunista. No entanto, anos depois, Raquel viria a apoiar a Ditadura Militar. A escritora foi membro do Conselho Federal de Cultura, desde a sua fundação, em 1967, até sua extinção, em 1989. Além disso, ela participou da 21ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, em 1966, onde serviu como delegada do Brasil.
Além de romances, Raquel de Queiroz escreveu ainda peças de teatro, crônicas e livros voltados ao público infantojuvenil. Desse modo, entre suas principais obras figuram: João Miguel (1932); As três Marias (1939); Dora, Doralina (1975); e Memorial de Maria Moura (1992), obra que no ano seguinte a sua publicação concedeu à escritora o Prêmio Camões, a maior horaria da literatura de língua portuguesa.
Além disso, Raquel recebeu diversos outros prêmios e honrarias por sua obra como escritora antes de seu falecimento, em 2003, na cidade do Rio de Janeiro.
Gostou do texto? Então deixe aqui o seu comentário!
Leia também: Saiba como estudar as obras literárias obrigatórias para o vestibular.