R$ 1,9 mil na gaveta: 19 moedas de 10 centavos avaliadas em mais de R$ 100 cada

R$ 1,9 mil na gaveta: 19 moedas de 10 centavos avaliadas em mais de R$ 100 cada

Conheça o grupo de moedas de 10 centavos que podem ser vendidas por mais de R$ 100 cada uma

Talvez você não saiba, mas é possível que tenha neste exato momento R$ 1,9 mil escondidos na sua gaveta. Mas calma, não estamos falando do montante em dinheiro vivo, mas de uma moeda específica de 10 centavos que pode valer muito.

De acordo com os especialistas na área da numismática existem casos de moedas de 10 centavos que podem ser vendidas por bons valores em 2024. Estima-se que 19 delas tenham um valor acima de R$ 100 cada uma.

Todas as peças fazem parte da chamada segunda família do Plano Real. Elas podem ser encontradas em um trocado no comércio a qualquer momento por qualquer pessoa, por exemplo. Isso porque esses exemplares ainda possuem valor monetário.

As moedas de 10 centavos

As moedas de 10 centavos da segunda família do Plano Real possuem algumas características específicas, que podem ser identificadas por qualquer pessoa.

Na lista abaixo, você pode identificar quais são esses detalhes de acordo com  as informações previamente disponibilizadas pelo Banco Central (BC):

  • Material: bronze sobre aço;
  • Diâmetro: 20,0 mm;
  • Massa: 4,80 g;
  • Espessura: 2,23 mm;
  • Bordo: serrilhado;
  • Eixo: reverso moeda (EH);
  • Circulação: de 01/07/1998 a atual;
  • Desenho do Anverso: Efígie de D. Pedro I – proclamador da Independência, primeiro imperador do Brasil -, ladeada pelo dístico Brasil e por cena alusiva à proclamação da independência política do País, ocorrida em 7 de setembro de 1822, em São Paulo, às margens do ribeirão Ipiranga;
  • Desenho do Reverso: À esquerda, linhas diagonais de fundo dão destaque ao dístico correspondente ao valor facial, seguido dos dísticos centavos e o correspondente ao ano de cunhagem. 

Dom Pedro I

Uma das principais curiosidades sobre a moeda de 10 centavos da segunda família do Plano Real é que ela conta com a representação de uma das figuras mais conhecidas da história do Brasil: Dom Pedro I. Ele foi um dos principais condutores do país no processo de Independência da Coroa Portuguesa.

De acordo com historiadores, Dom Pedro I foi muito criticado pelo seu autoritarismo, o que motivou o seu divórcio com as elites brasileiras. No meio da crise, ele renunciou ao trono em 1831 e voltou a Portugal.

Os valores das moedas

Tomando como base os catálogos numismáticos mais atualizados, é possível afirmar que existem 19 moedas da segunda família do Plano Real que podem ser vendidas por mais de R$ 100 cada.

Mas para que isso aconteça, é necessário que os exemplares contem com uma característica conhecida no meio da numismática como reverso invertido.

Na imagem abaixo, você pode notar que os valores variam a depender do ano de fabricação. Note também que algumas moedas não chegam a valer R$ 100, mas também podem ser vendidas por valores interessantes em 2024. 

R$ 1,9 mil na gaveta: 19 moedas de 10 centavos avaliadas em mais de R$ 100 cada
Valores projetados para as moedas de 10 centavos. Imagem: YouTube

O que é uma moeda reverso invertido?

Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso invertido? Para entender esta pergunta, é necessário saber que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso invertido, e são consideradas muito raras. 

Basicamente, as moedas com reverso invertido são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou invertido ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima. 

Se o outro lado estiver de cabeça para baixo, estamos falando de uma moeda com reverso invertido, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso invertido. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais. 

“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry. 

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