Direitos do Trabalhador

Quem são as seis milhões de pessoas que podem entrar no Auxílio Emergencial

Governo Federal trabalha com a hipótese de inserir mais seis milhões de pessoas no Auxílio. Veja quem seriam esses beneficiários

O Governo Federal se prepara neste momento para começar os pagamentos da segunda parcela do Auxílio Emergencial. No entanto, mesmo com o bonde andando, o Palácio do Planalto avalia a possibilidade de inserir mais seis milhões de pessoas no programa.

De acordo com informações do próprio Ministério da Cidadania, que responde pelo Auxílio, a ideia é que essas pessoas estejam no grupo das que pediram o benefício no ano passado, mas que por algum motivo não chegaram a receber. Ou ainda as que receberam e tiveram o cancelamento em 2020.

Segundo as regras do novo Auxílio Emergencial, apenas os brasileiros que receberam o benefício no ano passado poderão receber o montante agora em 2021. Então se uma pessoa deu entrada no programa em 2020, mas não recebeu, não pode receber agora. Isso mesmo que esse cidadão esteja precisando do dinheiro.

Pela ideia do Governo, essa regra pode mudar. Eles podem passar a inserir portanto até essas pessoas que não receberam no ano passado. De acordo o Ministério da Cidadania, o Dataprev pode passar uma espécie de pente fino nos dados destes cidadãos para saber quais possuem direito ou não.

É que o Governo não pretende analisar apenas os pedidos do Auxílio no ano passado. Para entrar no programa, o cidadão também terá que seguir todas as outras regras do texto base. Entre elas podemos citar, por exemplo, o fato de não ser um trabalhador formal.

Inclusão no Auxílio Emergencial

De acordo com o próprio Governo Federal, essa possível inclusão de novos beneficiários pode ocorrer porque o montante que eles possuem é suficiente para pagar todos as 40 milhões de pessoas que estão dentro do benefício. Em outras palavras, sobrou dinheiro.

Segundo a PEC Emergencial, que deu origem ao Auxílio, o Governo tem R$ 44 bilhões à disposição para fazer os pagamentos do benefício. Pelas contas do Ministério da Cidadania, nesse ritmo o Governo deve gastar algo em torno de R$ 36 bilhões.

Assim, esse dinheiro que vai sobrar poderia servir justamente para inserir essas novas pessoas no programa. No entanto, é importante deixar claro que a inclusão das novos brasileiros ainda não é uma informação oficial. Assim, é importante ter cautela neste momento.

Prorrogação do benefício

De acordo com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, há ainda a ideia de usar esse dinheiro que vai sobrar do Auxílio para permitir uma prorrogação do benefício. Essa aliás, é uma possibilidade que ele sempre deixou em aberto. Há uma pressão do Congresso neste sentido.

Nos últimos dias, vários parlamentares começaram a aderir a um movimento que está pedindo a prorrogação do Auxílio até, pelo menos, o próximo mês de novembro. A ideia desses deputados e senadores é que o Governo use exatamente esse dinheiro excedente para fazer isso.

A ideia de reformular o Bolsa Família não agrada a maioria desses parlamentares. Em entrevistas, vários deles disseram que o melhor a se fazer mesmo é prorrogar o Auxílio Emergencial, já que este é um programa que acaba abarcando um número muito maior de pessoas.