De abril a novembro de 2020, 9.849.115 de empregados formais tiveram redução de jornada e salário ou suspensão do contrato de trabalho. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (28) e são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
A medida foi realizada por meio do programa Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEM), que foi criado devido a pandemia e durou durante oito meses. O benefício não está mais funcionando, mas está sendo a avaliado o seu retorno.
“Estamos analisando o programa ainda, todas as medidas. Tudo encontra-se ainda em análise. O melhor cenário, no caso de renovação do BEM, certamente seria algo horizontal para que todos que assim necessitarem possam se valer”, disse o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco.
“Isso sempre esteve na prancheta, mas demanda uma análise das circunstâncias e política, que estamos fazendo junto com nosso ministro e com o presidente da República. Está em análise [a prorrogação] e, tão logo tenhamos algo concreto, faremos o anúncio”, acrescentou.
Preservação de empregos
A ideia do programa era a manutenção de empregos. De acordo com o Ministério da Economia, o programa foi fundamental para o resultado do emprego formal. O órgão estima que foramgeradas142.690 vagas de empregos com carteira assinada no ano passado.
Por outro lado há 14 milhões de desempregados no país, de acordo com a pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice ficou em 14,3% no último trimestre encerrado em outubro.
Veja mais informações de adesão do BEM:
- No total 1.464.517 empregadores optaram pelo programa;
- 53,9% das empresas tinham faturamento abaixo de R$ 4,8 milhões;
- 43,4% das empresas tinham faturamento acima de R$ 4,8 milhões;
- Ao todo foram celebrados 20.119.302 acordos entre empresas e empregados com carteira assinada.
Suspensão de contratos e setor de Serviços têm maior adesão
Veja abaixo a relação de acordos que foram firmados entre empregado e empregadores
- Suspensão dos contratos: 43,6%
- Redução de 25% da jornada: 14,7%
- Redução de 50% da jornada: 18,9%
- Redução de 70% da jornada: 21,9%
- Intermitente: 0,9%
Percebe-se que o setor de serviços foi o mais atingido. Sendo responsável por mais da metade de todos os acordos. Veja abaixo mais detalhes:
- Serviços: 51,65%
- Comércio: 24,39%
- Indústria: 20,61%
- Construção: 2,24%
- Agropecuária: 0,82%
- Não identificado: 0,28%
Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia e Paraná foram os estados que mais aderiram ao programa oferecido pelo governo. Veja abaixo:
- São Paulo: 6.448.011
- Rio de Janeiro: 2.123.684
- Minas Gerais: 1.877.495
- Rio Grande do Sul: 1.251.732
- Bahia: 1.083.029
- Paraná: 1.058.540