Quando o Voa Brasil vai começar a vender passagens a R$ 200?

Quando o Voa Brasil vai começar a vender passagens a R$ 200?

Prometido para 2023, Voa Brasil ainda não começou a funcionar de fato. Ministério deverá realizar reunião em breve

Ainda estávamos em março de 2023, quando o então ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), anunciou a criação de um novo programa: o Voa Brasil. Na ocasião, ele prometeu que o projeto entregaria passagens aéreas a R$ 200 por trecho, para qualquer lugar do país.

Quase um ano depois daquela promessa inicial, Márcio França deixou de ser ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho assumiu o cargo, mas nada avançou. Até aqui, o Voa Brasil prometido ainda não decolou, e os cidadãos querem saber quando poderão comprar as passagens a R$ 200.

Nova reunião sobre o Voa Brasil

O fato é que a novela continua. De acordo com informações divulgadas pelo jornal Folha de São Paulo, o ministro Silvio Costa Filho deverá se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar sobre o tema. Entretanto, ainda não há uma data para este encontro.

A projeção do governo federal é que a reunião aconteça em algum dia ainda neste primeiro mês de 2024. Os mais otimistas indicam que o programa poderia sair do papel logo depois de Lula dar o aval, ou seja, os cidadãos poderiam começar a comprar passagens a R$ 200 já em janeiro.

“Temos possibilidade de inserir mais 30 milhões a 50 milhões de brasileiros na aviação. Não conseguimos fazer um programa para todos os brasileiros da noite para o dia. A primeira etapa será com públicos específicos”, disse Silvio Costa Filho.

Quando o Voa Brasil vai começar a vender passagens a R$ 200?
Ministro deve se encontrar com Lula em breve. Imagem: José Cruz/ Agência Brasil

Como vai funcionar o Voa Brasil

Na mesma entrevista, Silvio Costa Filho também garantiu que o governo federal não terá nenhum tipo de gasto para implementar este programa. A ideia é apenas fazer com que as empresas usem os assentos que normalmente não são comprados para vender por um preço mais baixo.

Até mesmo por isso, o plano é fazer com que o programa só funcione na chamada baixa temporada, ou seja, quando as aeronaves comerciais estão notadamente menos cheias.

“A gente não tem recursos para financiar passagens, como hoje existe em alguns países no mundo que entram com a complementariedade […] O que nós queremos é trabalhar em conjunto com as companhias aéreas para buscar caminhos para criar o melhor ambiente para a redução das passagens aéreas”, afirmou.

Aumento do público 

Em entrevista recente, o ministro já tinha dito que vai tentar aumentar o público alvo que poderá ser atendido pelo projeto de barateamento das passagens, e incluir também os estudantes bolsistas do Prouni.

“Estamos vendo se é possível acrescentar alunos do Prouni, que muitas vezes querem fazer um concurso público em outros estados e não têm como pagar”, falou Costa Filho. A nova proposta ainda não chegou à Casa Civil, segundo informações de bastidores colhidas pelo portal R7.

O Prouni é um programa gerido pelo Ministério da Educação, e que oferece bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação em instituições de ensino privadas. Tais alunos também podem usar estas bolsas para participar de sequenciais de formação específica, também em instituições particulares.

Vale lembrar que inicialmente o plano era fazer com que este programa atendesse apenas os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Outra possibilidade de ampliação do programa também está sendo analisada pelo novo ministro. Ele quer fazer com que o Voa Brasil também inclua viagens internacionais, considerando o mesmo público estudantil. “Estamos trabalhando isso também com as companhias”, disse o ministro.

CEO da Gol

Em entrevista recente, o CEO da Gol, Celso Ferrer falou sobre o tema. Entre outros pontos, ele disse que está confiante na ideia de que o Voa Brasil vai mesmo ser lançado no início de 2024.

“Ainda está sendo discutido qual tecnologia será usada, quem estará elegível”, explicou o executivo. “Nossa única preocupação é evitar qualquer tipo de canibalização com nossos consumidores atuais. Podemos ter um incremento de mais de um milhão de passageiros com o programa”, disse o CEO da companhia aérea.

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