O auxílio emergencial ganha força para ser prorrogado mais uma vez. E não está descartado uma extensão do benefício com um valor menor. Pelo menos é o que está tentando uma ala do poder executivo federal. Atualmente, os valores variam entre R$ 150 e R$ 375.
A diminuição dos valores pagos atualmente causa muita reclamação em torno desses patamares de pagamentos. Segundo informações oficiais, o auxílio emergencial está chegando ao fim. O que se sabe até aqui é que o programa deverá seguir fazendo pagamentos até este mês de outubro. Os saques seguirão até novembro.
Só que uma ala do Palácio do Planalto quer aprovar uma nova prorrogação do texto. Caso isso se confirme, o projeto poderia ganhar mais seis meses de duração.
Só que a maioria dos membros do Palácio do Planalto que está defendendo essa prorrogação, também quer que os valores caiam. Na prática, eles estão imaginando que o cenário ideal seria ir diminuindo os gastos com o programa gradativamente. Eles acreditam que esse método seria menos traumático do que tirar tudo de uma vez em novembro.
Esse é um argumento que essa ala está usando para tentar convencer membros do Ministério da Economia a aprovarem essa prorrogação. É que o grupo de pessoas mais ligado ao Ministro Paulo Guedes, acredita que um novo acréscimo de repasses poderia acabar sendo nociva para o futuro das contas públicas no Brasil.
De qualquer forma, é importante sempre lembrar que ainda não há nada de oficial sobre o assunto. Como dito, o que se sabe até aqui é que o projeto vai mesmo acabar em novembro. Há a expectativa de que o Governo faça um anúncio sobre este assunto ainda nesta semana. Agora é esperar para ver.
O Ministério da Economia, chefiado pelo ministro Paulo Guedes, opositor da ideia, vem trabalhando para conseguir uma fonte de recursos e o espaço fiscal necessário para a implantação do Auxílio Brasil.
Contudo, a implementação do Auxílio Brasil enfrenta grandes problemas fiscais e financeiros. Nesse sentido, a elevação das alíquotas do Imposto de Operações Financeiras (IOF) só conseguirá alimentar o projeto de reestruturação do Bolsa Família nos últimos dois meses deste ano de 2021.
Ademais, a gestão vem correndo contra o tempo para conseguir a aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) dos Precatórios. Esta, por sua vez, flexibilizaria o pagamento de dívidas da União pelos próximos 10 anos, o que proporcionaria um maior espaço fiscal no orçamento de 2022. Além desta medida, o Governo Federal também trabalha para a aprovação da reforma do Imposto de Renda, que também seria uma fonte de recursos do novo programa.