Aliados tentam convencer Bolsonaro a desistir da prorrogação do auxílio emergencial. Os membros do Ministério da Economia ainda não desistiram de tentar fazer o Presidente Jair Bolsonaro desistir da ideia de prorrogar o Auxílio Emergencial.
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De acordo com informações do jornal Valor Econômico, pessoas mais ligadas ao Ministro Paulo Guedes são contrárias ao aumento dos pagamentos do benefício.
Pelo que se sabe hoje, o Auxílio Emergencial deve seguir fazendo pagamentos até este mês de outubro. Na prática, podemos dizer que falta apenas mais um repasse. Acontece que o Ministério da Cidadania está próximo de conseguir fazer o Palácio do Planalto aprovar mais uma prorrogação do programa.
Se depender do Ministério da Economia, no entanto, isso não vai acontecer. É que essas pessoas estão temendo que o Governo possa complicar a situação das contas públicas Em entrevista para o Valor Econômico, uma fonte que não quis se revelar disse que não faria sentido prorrogar o programa mais uma vez.
Ele argumentou que a pandemia não está mais em seu ápice de mortes. Além disso, ele disse que o Brasil vive neste momento uma reabertura quase que total do seu setor de comércio e de serviços. Ele disse ainda que até mesmo o Maracanã reabriu neste momento e os empregos informais estão crescendo.
Há também, por parte do Ministério da Economia, uma preocupação com a questão da inflação. É que eles acreditam que se o Governo Federal continuar pagando o Auxílio Emergencial por muito mais tempo isso poderia acabar virando contra o próprio trabalhador. Isso porque, ainda na avaliação deles, isso poderia fazer com que o custo de vida no Brasil seguisse mais caro por ainda mais tempo.
Ministério da Cidadania
O Ministério da Cidadania, que é comandado pelo Ministro João Roma, parece pensar de uma maneira completamente diferente. De acordo com as informações de bastidores, eles estão fazendo pressão pela prorrogação.
Em entrevista recente, o Ministro João Roma disse publicamente que há um problema que o Governo Federal precisa resolver. É que, pelas contas dele, algo em torno de 25 milhões de pessoas que hoje recebem alguma ajuda do poder executivo, ficarão sem nada a partir de novembro.
Quando disse isso, o Ministro garantiu que o Palácio do Planalto iria achar uma solução para esse problema. No entanto, ele não falou o que seria. Agora, o que se sabe é que o programa pode mesmo passar por uma prorrogação.
Auxílio Brasil
Enquanto o Governo tenta chegar em um acordo sobre o Auxílio Emergencial, já se sabe o que vai acontecer de fato com o novo Bolsa Família. O programa deve entrar em cena a partir do próximo mês de novembro.
Os pagamentos do novo projeto devem ser maiores do que os patamares da atual versão do benefício. Além disso, a quantidade de usuários também deve aumentar. Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, o programa atende 14 milhões com pagamentos médios de R$ 189 por mês.
O aumento do novo Bolsa Família, ou Auxílio Brasil como deve passar a ser chamado, só vai ser possível este ano por causa do aumento da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Essa foi uma decisão polêmica do Presidente Jair Bolsonaro.