O ministro da Economia, Paulo Guedes, informou que o auxílio emergencial será prorrogado por pelo menos dois meses. O benefício foi concedido em quatro parcelas, com previsão para ser finalizado em julho. No entanto, a expectativa é que o auxílio seja estendido até setembro.
“Todos os governadores estão dizendo que toda a população adulta estará vacinada no final de setembro. Se isso não acontecer, a gente estende o auxílio emergencial. Nós estamos estendendo para agosto e setembro. Se for necessário, estenderemos mais”, declarou o ministro Guedes, em conferência virtual do Bradesco BBI em Londres.
“O presidente Jair Bolsonaro é quem vai decidir o prazo. Primeiro, esses dois ou três meses, e então devemos aterrissar em um novo programa social que substituirá o Bolsa Família”, completou.
O ministro declarou que a prorrogação deve ser viabilizada por meio de um crédito extraordinário derivado de uma nova Medida Provisória (MP). Em cada parcela, o programa investe R$ 9 bilhões, então, serão necessários R$ 18 bilhões para custear a medida.
O Governo já possui R$ 7 bilhões que restaram do Orçamento original do auxílio emergencial de 2020. Sendo assim, ainda é necessário conseguir os R$ 11 bilhões para tornar a medida viável.
A nova prorrogação pagará os mesmos valores do atual benefício, com variação de R$ 150 a R$ 375. Além disso, a quantidade de beneficiários não deve ser alterada, permanecendo na extensão os mesmos contemplados.
Guedes ainda informou que, inicialmente a prorrogação será de duas parcelas, porém, pode haver uma nova extensão, tendo em vista os avanços na vacinação contra a Covid-19.
Conforme a declaração do ministro, o governo federal pretende criar um fundo de erradicação da pobreza, que utilizará recursos oriundos das privatizações de empresas estatais para ser viabilizado.
Em sua fala, o líder da equipe da economia do país, defendeu a venda de ativos públicos além de esclarecer sua expectativa diante à aprovação pelo Senado Federal, em relação a venda da Eletrobras, a maior empresa de energia de toda América Latina.
Até o momento, a proposta para a venda da Eletrobras já conta com o aval da Câmara dos Deputados, e aguarda a votação do Senado Federal.