Nesta quarta-feira (24), a senadora e candidata à presidência, Simone Tebet (MDB) falou sobre a sua proposta de criação de um auxílio para estudantes. Sem dar muitos detalhes, a emedebista disse apenas que o dinheiro será pago para os alunos de baixa renda que estejam no ensino médio e que passem por dificuldades financeiras.
Sem citar valores, Tebet disse que os alunos poderiam pegar o dinheiro apenas quando concluíssem o curso por completo, ou seja, ao final do terceiro ano. De acordo com a candidata, a ideia é justamente diminuir os índices de evasão escolar no país. Logo depois do curso, o aluno de baixa renda poderia usar a quantia como quisesse.
“Ao final do curso, eles poderão fazer o que quiser com o dinheiro”, explicou a candidata. “Podem comprar um celular, fazer uma viagem, um curso ou dar de entrada em um carrinho usado”, completou ela, durante uma palestra na Fundação Abrinq, em São Paulo. Tebet disse ainda que o programa se chamará “Poupança Jovem”.
Esta não é a primeira vez que a candidata fala sobre o assunto. No último dia 15 de agosto, ela chegou a prometer que colocaria a ideia em prática caso fosse eleita. Entretanto, a candidata segue sem dar detalhes sobre a liberação. Não há informações sobre valores, forma de financiamento, quantidade de usuários e nem mesmo sobre a data de início das liberações.
No plano de governo de Tebet, que está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), há apenas uma breve citação ao projeto. Ele é resumido em apenas uma linha: “Criar a “Poupança Mais Educação”, para incentivar os jovens de baixa renda a concluir o ensino médio”. Perguntada sobre o programa na fundação Abrinq, a candidata não respondeu sobre os detalhes.
Candidatos
Simone Tebet não é a única candidata que está prometendo mudanças nos sistemas de pagamentos de auxílios sociais. Em entrevistas recentes, o presidente Jair Bolsonaro (PL) vem prometendo manter o valor do Auxílio Brasil na casa dos R$ 600 em 2023.
O ex-presidente Lula (PT) também afirma que manterá o Auxílio Brasil na casa dos R$ 600. O petista, que lidera as intenções de voto nas principais pesquisas, afirma ainda que vai pagar um valor dobrado para as mães solo.
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) diz que vai criar um novo benefício de R$ 1 mil para todas as famílias em situação de vulnerabilidade. O projeto seria permanente e poderia ser financiado em parte pela taxação dos mais ricos.
Panorama dos Auxílios hoje
Hoje, o Governo Federal paga uma série de benefícios sociais. O Auxílio Brasil, por exemplo, faz repasses de R$ 600 para pouco mais de 20 milhões de pessoas. O vale-gás nacional paga uma média de R$ 100 a cada dois meses para mais de 5 milhões.
Há ainda repasses de R$ 1 mil no Pix Caminhoneiro e no auxílio-taxista, programas que fazem liberações para motoristas de caminhão e de táxi, respectivamente. Descontos na conta de luz são concedidos para 20 milhões na Tarifa Social de Energia Elétrica.
Especificamente sobre os alunos carentes que estão no ensino médio, não há nenhum projeto social do Governo Federal que faça repasses em dinheiro para evitar a evasão escolar. Ao menos até aqui, não aconteceu aprovação de nenhum pagamento desta natureza.