A nossa rica língua portuguesa é cheia de detalhes, não é mesmo? E há situações que exigem que sigamos à risca a norma padrão da língua. E um erro comum de se ver em redações é em relação ao uso do pronome relativo “cujo”.
Leia o texto até o final e aprenda como usá-lo.
Vamos lá?
Pronome relativo cujo
O pronome relativo cujo é um pronome que liga dois termos, estabelecendo entre eles uma relação de posse.
Ex.: O homem, cuja casa pegou fogo, foi embora.
Perceba que há uma relação de posse estabelecida pelo termo “cuja”. Ou seja, é por meio desse termo que sabemos que a casa que pegou fogo pertence ao homem que foi embora.
Para ficar mais claro, podemos desmembrar essa frase em duas:
O homem foi embora.
A casa do homem pegou fogo.
Observe que se fôssemos escrever dessa forma usaríamos mais palavras. Além disso, teríamos também que repetir o termo “o homem”.
Agora que você já sabe qual a função que o pronome “cujo” exerce em uma frase, veja algumas dicas de como usá-lo corretamente.
Gênero e número: como concordar?
O pronome relativo “cujo” concorda em gênero e número com o termo que o segue. Ou seja, se a palavra que vier após estiver, por exemplo, no feminino e no plural, deve haver concordância entre esta palavra e o pronome.
Ex.: O menino, cujas notas são boas, já passou de ano.
Fernanda, cujo chapéu é azul, está triste.
Artigo: colocar ou não após o pronome cujo?
Um erro comum em redações é o uso do artigo definido (a, as, o, os) após o pronome cujo. Contudo, o pronome não admite esse uso.
Ex.: O portão, cuja fechadura está quebrada, permaneceu aberto a noite inteira.
Preposição: quando usar?
Quando o verbo seguinte ao “cujo” for regido por preposição, esta deve antecedê-lo.
Ex.: Rafaela, com cujas ideias concordo, é muito inteligente.
Note que a preposição “com”, que antecede o pronome, é exigida pela forma verbal “concordo”.
Gostou do texto? Deixe seu comentário e faça-nos sugestões sobre as dúvidas que você tem referentes ao uso da língua portuguesa.