Desde que assumiu a chefia do Ministério do Trabalho, o ministro Luiz Marinho passou a defender o fim do saque-aniversário do FGTS. Assim, acabar com essa opção de saque do Fundo de Garantia se tornou uma das suas promessas.
O assunto está em fase final da discussão no Governo Federal. Dessa forma, uma nova proposta sobre o tema deve ser enviada para o Congresso Nacional ainda em agosto, após o recesso do parlamentar.
O saque-aniversário surgiu em 2019, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Através dele, o trabalhador pode ter acesso a parte dos recursos do seu Fundo de Garantia todos os anos, no mês do seu aniversário.
No entanto, ele não poderá sacar o valor total do fundo em caso de demissão sem justa causa, se restringindo ao acesso apenas da multa rescisória. Dessa maneira, essa foi a principal crítica do novo governo contra a modalidade.
“É uma sacanagem. O cara é demitido e não pode sacar o saldo do FGTS. Vamos mandar um projeto de lei corrigindo essa distorção. O fundo é de quem? Não é do trabalhador? Deve ser usado como socorro em caso de desemprego”, afirmou o ministro Luiz Marinho.
Outra crítica do governo está relacionada à redução dos valores do fundo. Isso porque, atualmente, os valores depositados nas contas do FGTS são utilizados pelo governo para financiamento de projetos de infraestrutura.
Dessa forma, a disponibilização do saque-aniversário fez com que os recursos disponíveis para as obras fossem reduzidos de forma significativa.
De acordo com dados do FGTS, mais de 28,5 milhões de trabalhadores aderiram ao saque-aniversário apenas no início de 2023. Isso significa uma redução de R$ 33 bilhões do fundo.
Além disso, quem escolhe a modalidade ainda pode optar pelo crédito de antecipação do saque, por meio de instituições financeiras. Ao todo, já houve a solicitação de R$ 20 milhões em antecipação.
Como já mencionado anteriormente, o saque-aniversário do FGTS permite que os trabalhadores recebam parte do valor disponível no seu Fundo de Garantia todos os anos, no mês do seu aniversário.
Nesse sentido, o pagamento fica disponível por dois meses, a partir do primeiro dia útil do mês de aniversário. Por exemplo: se você nasceu em janeiro, poderá sacar entre janeiro e fevereiro. Mas, se você nasceu em dezembro, poderá sacar entre dezembro e janeiro do ano seguinte.
O valor de saque depende do saldo disponível e varia de 50% a 5%. Também há o acréscimo de mais uma parcela adicional na maioria dos casos. Confira a tabela que define os valores de saque:
Todos os trabalhadores que já trabalharam de carteira assinada e possuem saldo em seu Fundo de Garantia podem aderir ao saque-aniversário. Para isso, é necessário fazer a solicitação por meio do aplicativo FGTS. Confira o passo a passo:
Ao optar pela modalidade, o trabalhador deve escolher uma forma de recebimento: crédito em conta da Caixa, crédito em conta de outro banco ou saque em espécie ou cartão cidadão.
Além disso, é importante lembrar que, após a adesão ao saque-aniversário do FGTS, o trabalhador pode voltar ao saque-rescisão, se desejar. No entanto, é importante ficar atento, pois só será possível voltar para a modalidade anterior após dois anos da data da solicitação. Por isso, é importante avaliar bem os prós e contras antes de decidir.