Problemas respiratórios podem estar associados ao uso frequente de incensos
Visto que muitas pessoas, neste período de isolamento social, estão ficando mais tempo em casa, algumas práticas vêm sendo cada vez mais priorizadas, como é o caso da meditação e Yoga.
Além de proporcionar mais bem estar e melhora à saúde mental, esse tipo de atividade pode ser realizado sem a necessidade de nenhum aparamento específico. Basta seguir alguns tutoriais disponíveis na internet ou contar com a ajuda de um profissional especializado, a fim de aproveitar os benefícios dessas técnicas.
Apesar de todas as vantagens, que o início de uma rotina de autocuidado traz para a saúde física e emocional, vale destacar, que muitas dessas práticas alternativas vêm sendo usadas com recursos, que em excesso podem se tornarem vilões, como é o caso do incenso.
Mesmo que a intenção por trás da aplicação do incenso na hora da mediação ou Yoga seja boa, assim como os estímulos da aromaterapia serem eficazes, é válido ressaltar que o consumo exagerado desse tipo de composto aromático pode acarretar em grandes prejuízos à saúde.
De acordo com uma pesquisa da Universidade de Tecnologia do Sul da China, publicada no periódico Environmental Chemistry Letters, a fumaça do incenso inalada em excesso pode ser tão tóxica ao organismo, quanto o uso de cigarros.
A queima do composto de materiais aromáticos, também conhecido como bióticos, libera partículas no ar, que podem ser inaladas, provocando reações inflamatórias nos pulmões.
Além disso, de acordo com a pesquisa, a fumaça do incenso é mais mutagênica, citotóxica e genotóxica do que a do cigarro. Ela pode provocar desde alterações no DNA, danos à células e ao material genético.
Uso do incenso com moderação
Apesar destes dados, é importante salientar, que o uso dos incensos não são proibidos.
Para que agravações das vias respiratórias aconteçam, seria necessário inalar a fumaça com frequência, por muitas horas e em ambientes fechados.
Para quem faz uso esporádico, o incenso não representa prejuízos à saúde, exceto se a pessoa tiver algum tipo de alergia respiratória, visto que a composição química de alguns produtos contém substâncias prejudiciais, entre aromas sintéticos e até benzeno.
Como escolher um incenso de qualidade?
Para quem ainda quer usufruir dos benefícios aromáticos desse composto, porém, sem danos à saúde, o ideal é controlar a frequência de uso, assim como a marca escolhida.
Conferir a procedência do produto, por meio dos bancos de dado da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é a melhor forma de garantir a qualidade do incenso.
Além disso, escolher compostos mais naturais também pode ajudar a evitar os riscos associados à fumaça do incenso.
Outra dica para recorrer a aromaterapia, sem precisar utilizar os tradicionais incensos de vareta é optar por uma solução mais natural, a queima de ervas secas. Menos tóxica, a prática já vem se popularizando e é possível encontrar lojas físicas e virtuais, que comercializam a versão in natura do incenso.