O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é a prévia da inflação oficial do Brasil, registrou alta de 1,14% em setembro. O valor é o maior desde o início do Plano Real, em 1994, neste ano a alta chegou a 1,63%.
Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram levantados de 14 de agosto e 14 de setembro deste ano e comparados com 14 de julho a 13 de agosto. Neste cálculo entram apenas famílias com renda entre 1 a 40 salários mínimos.
Se levado em comparação o acumulado só de 2021, a alta da inflação foi de 7,02% e nos últimos 12 meses de 10,05%. Os valores são maiores que centro da meta que é de 3,75%, sendo que é ainda dentro dos padrões se ficar um 1,5% para cima ou para baixo. Desta forma, o limite seria apenas até 5,25%.
Porque a prévia da inflação do Brasil aumentou tanto?
A prévia da inflação aumentou tanto por diversos fatores, porém ganham destaque aumento nos preços dos combustíveis e da energia elétrica.
Quem precisa abastecer o veículo com gasolina pode ter dificuldades, já que na alta acumulada de 2021 a inflação já atingiu 33,37% e 2,85% entre agosto e setembro, além de 39,05% se levado em consideração os últimos 12 meses.
Outros combustíveis que também aumentaram foram o etanol (4,55%), o gás veicular (2,04%) e o diesel (1,63%).
Já a energia elétrica teve inflação de 3,61% em setembro, sendo resultado principalmente dos reflexos da crise hídrica. Neste ano, para se ter uma ideia, os valores já subiram 20,27% e nos últimos 12 meses 25,26%.
Para lidar com o cenário, o governo lançou uma bandeira extra na conta de luz a Escassez Hídrica que cobra R$ 14,20 para cada 100 kWh. Antes, o valor máximo cobrado era pela tarifária vermelha patamar de R$ 9,492 pelo mesmo consumo.
Confira o resultado do IPCA-15:
O levantamento disponibiliza além dos dados gerais, recortes da prévia da inflação por grupos e por região pesquisa, confira abaixo os resultados.
Por grupos:
- Alimentação e bebidas: 1,27%;
- Habitação: 1,55%;
- Artigos de residência: 1,23%;
- Vestuário: 0,54%;
- Transportes: 2,22%;
- Saúde e cuidados pessoais: 0,33%;
- Despesas pessoais: 0,48%;
- Educação: -0,01%;
- Comunicação: 0,02%.
Por estado:
- Fortaleza: 0,68%;
- Salvador: 0,89%;
- Goiânia: 0,93%;
- Recife: 0,95%;
- Rio de Janeiro: 0,96%;
- Belo Horizonte: 1,12%;
- São Paulo: 1,13%;
- Porto Alegre: 1,32%;
- Belém: 1,33%;
- Curitiba: 1,58%.