Economia

Pressão de inflação de alimentos é generalizada, afirma presidente do BC

O presidente do BC disse que as condições financeiras estão mais estimulativas nos Estados Unidos

Nesta semana, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que a inflação de alimentos e serviços está mais baixa em grande parte das economias emergentes. Ele disse também que a pressão da inflação de alimentos é geral.

Campos Neto deu a declaração em evento virtual. O presidente do BC mostrou dois gráficos com informações sobre países emergentes. Um gráfico mostrava a inflação de serviços e o outro, a de alimentos. Eles permitiam visualizar as trajetórias dos índices nos últimos meses, durante a pandemia do novo coronavírus.

O presidente do BC disse ainda que as condições financeiras estão mais estimulativas nos Estados Unidos e falou sobre o otimismo que surgiu após a Pfizer anunciar os resultados dos testes da vacina contra a covid-19. Ele citou ainda a “recuperação parcial” da atividade da economia no Brasil. Entre as mensagens que ele reafirmou, estava a de que “desde a adoção do forward guidance, observou-se uma reversão da tendência de queda das expectativas de inflação em relação às metas para o horizonte relevante”.

“Além disso, ao longo dos próximos meses, o ano-calendário de 2021 perderá relevância em detrimento ao de 2022, que está com projeções e expectativas de inflação em torno da meta. A manutenção desse cenário de convergência da inflação sugere que, em breve, as condições para a manutenção do forward guidance podem não mais ser satisfeitas, o que não implica mecanicamente uma elevação da taxa de juros, pois a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo extraordinariamente elevado frente às incertezas quanto à evolução da atividade”, afirmou ele.