O Brasil é o país do WhatsApp. Ao menos esta é a avaliação do próprio aplicativo de mensagens. Segundo as informações oficiais, o Brasil é o terceiro país do mundo em número de usuários, atrás apenas de Índia e Indonésia, e ocupa a primeira posição no ranking dos mercados que mais envia mensagens de áudio, e que mais envia textos que desaparecem.
Ao menos foi o que revelou o presidente do WhatsApp, Will Cathcart, em entrevista divulgada pelo jornal Folha de São Paulo nesta segunda-feira (6). Segundo ele, o Brasil é um dos mercados mais importantes para a empresa em todo mundo. “O Brasil, por causa da intensidade do uso do WhatsApp, é fundamental [para a Meta]”, disse ele.
Mensagens de áudio
Cathcart foi perguntado sobre o costume dos brasileiros de enviar áudio no WhatsApp. No país, existe um debate interno sobre a etiqueta do envio deste tipo de mensagem.
“Acho que faz parte desse uso intenso. As pessoas usam muito os recursos. Com as mensagens de áudio, temos tentado melhorar a experiência do usuário a partir de sugestões. Já se pode ouvir a mensagem de áudio em velocidade 2x. Outra mudança foi permitir que as pessoas ouçam a mensagem de áudio, mas voltem para sua caixa de entrada enquanto ela ainda está sendo reproduzida. Porque as pessoas querem aproveitar o tempo para fazer outras coisas”, disse ele.
“Quando entrei no WhatsApp, na primeira semana fui ao Brasil. Saí convencido de que deveríamos adicionar mensagens que desaparecem, porque ouvimos várias pessoas no Brasil e em pesquisas qualitativas [focus groups] falarem sobre isso. Hoje o Brasil é o país que envia mais mensagens que desaparecem no WhatsApp”, seguiu o presidente do aplicativo.
App seguirá sendo grátis
Na mesma entrevista, o presidente disse que não há razão para acreditar que o WhatsApp vá passar a ser pago em algum momento. Neste sentido, ele garante que o envio de mensagens seguirá sendo totalmente gratuito.
“Seguirá grátis na sua caixa de entrada e na sua experiência de mensagens. A razão pela qual eu qualifiquei a resposta é que poderia haver anúncios em outros locais —canais ou status. Por exemplo, canais poderiam cobrar para que as pessoas se inscrevam, poderiam ser exclusivos para membros pagos, ou os proprietários talvez queiram promover o canal. Mas, não, não vamos colocar anúncios na caixa de entrada”, disse ele.
Regulação do WhatsApp
Sem citar nominalmente o governo brasileiro, Cathcart disse que é contra propostas de regulação das redes sociais, que possam liberar o acesso a conteúdos considerados sigilosos dos seus usuários.
“É muito importante para os direitos humanos, para a democracia liberal e para a segurança da internet que tenhamos segurança, privacidade. É preocupante para mim quando os países propõem coisas que minariam essa privacidade”, disse ele.
“No Brasil, achamos que, obviamente, há muitas coisas boas a serem feitas em relação a mensagens em massa e eleições etc. Mas não achamos que a solução seja tirar a privacidade das pessoas”, completou.
Novidade recente no WhatsApp
Certamente nas últimas semanas, você ouviu o termo “canais do WhatsApp”. De fato, o assunto está em vigência em várias redes sociais neste momento. Mas afinal de contas, o que são esses canais? qual a função deles? quem pode entrar? Vários internautas ainda não sabem as respostas para estas perguntas.
Não há problema em não saber. Mesmo porque a função Canais do WhatsApp foi lançada recentemente. Desde então, ela já está disponível para Android e iPhone (iOS). Pessoas importantes e organizações já estão organizando e divulgando os seus próprios canais.
A nova ferramenta criada pela Meta autoriza o envio de materiais em formato de texto, foto, vídeo, figurinhas e até de enquetes para os seguidores. Trata-se de uma ferramenta que vai possibilitar que uma determinada organização tenha um contato mais direto com o seu público.