Presidente do BB será dispensado por Bolsonaro?
Se o presidente do Banco do Brasil, André Brandão, será demitido por Bolsonaro? Não se sabe. Até agora, pelo menos, nenhum comunicado oficial foi enviado pelo Governo Federal. Pelo menos é o que diz o vice-presidente, Carlos José da Costa André. Ele se pronunciou nesta quinta-feira (15), por meio de um “fato relevante”.
“Em referência às notícias divulgadas na mídia em 13 de janeiro sobre suposta destituição do Sr. André Brandão do cargo de Presidente, o Banco do Brasil S.A. (“BB”) informa que não recebeu no âmbito de seus órgãos de governança nenhuma comunicação formal por parte do acionista controlador sobre qualquer decisão a respeito do assunto”, afirma o documento assinado por Costa.
Por outro lado, assessores presidenciais afirmaram está semana a possível demissão de Brandão. O motivo? Bolsonaro estaria incomodado com as atitudes do atual presidente do Banco do Brasil, que teria deixado de considerar reações políticas de suas ações.
Ainda, segundo fontes do Planalto informam ao G1, não há comunicado oficial da demissão porque o Ministro da Economia, Paulo Guedes, que ficou encarregado de demitir Brandão, tenta reverter a situação.
Bolsonaro já teria pedido nesta semana a Guedes que demitisse o presidente do Banco do Brasil. Ele, de acordo com fontes, nunca se animou com a indicação de Brandão, mas aceitou em respeito a Guedes e Campos Neto.
Brandão assumiu a previdência em setembro de 2020, no lugar de Rubem Novaes – que saiu do cargo também devido a desgastes com o governo federal.
A escolha de Bandrão para instituição financeira veio de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Antes ele atuava como executivo no banco HSBC.
Entenda o desgaste Bolsonaro com o presidente do Banco do Brasil
Na última terça-feira (12), em reunião com integrantes do governo, Bolsonaro teria criticado os “efeitos políticos” que poderiam ser gerados pela gestão atual.
Isso se deve, principalmente, com o anúncio de reestruturação administrativa, com fechamento de agências e demissões pelo Banco do Brasil. A medida faz parte do projeto de restruturação do banco, mas o desgaste político, em uma ano de véspera de eleição, preocuparia ainda mais Bolsonaro.
De acordo com o BB, a economia líquida anual estimada, com despesas administrativas gerada por estes movimentos será de R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025.