As universidades que operam na cidade de São Paulo podem retomar as aulas presenciais a partir do dia 7 de outubro.
A decisão foi anunciada pelo prefeito da cidade, Bruno Covas, nesta quinta-feira (17). Na ocasião, ele aproveitou para afirmar que as atividades extracurriculares nas escolas públicas e particulares também se iniciarão nesse mesmo prazo.
De acordo com Covas, a avaliação da disseminação do novo coronavírus na capital paulista garantiu que não há porque continuar sem aulas nas universidades.
Faz parte dessa análise o acompanhamento das testagens realizadas na população. “Não tem mais sentido, com os dados que nós temos, continuar a proibir o ensino superior na cidade de São Paulo”, colocou.
Retorno gradual nas universidades
Para que o retorno das aulas nas universidades ocorra com segurança, de acordo com o prefeito, haverá a aplicação de protocolos. Assim como decidiu-se para as escolas quanto retornarem, deverá implicar no cumprimento de normas.
Todas as regras constam no conhecido Plano SP, referente à flexibilização gradual da quarentena do governo estadual.
“O ensino superior está muito mais relacionado ao ensino dos adultos. Nós temos um protocolo feito pelo governo do estado de SP para a retomada das aulas do ensino superior, respeitada a autonomia de cada universidade”, disse o prefeito.
Enquanto a situação das universidades por ora se mantém sob controle, a volta às aulas nas escolas públicas e particulares não apresentam uma data definida.
De acordo com Bruno Covas, estuda-se a possibilidade de os estudantes voltarem à sala de aula a partir de 3 de novembro. Trata-se de uma nova previsão, uma vez que as autoridades de saúde alegam que os testes nessa classe de estudantes mostram resultados preocupantes.
Contaminação por coronavírus
Nesta quinta-feira (17) pode-se conhecer também o inquérito sorológico que investigou a disseminação do coronavírus entre os estudantes das redes pública e privada.
Identificou-se assim que 16,5% dos 1,5 milhão de estudantes matriculados em escolas na cidade já tiveram a doença, aproximadamente 244,2 mil jovens.
O balanço, realizado com 6 mil alunos, exibiu um panorama discrepante entre matriculados da rede pública e da rede privada.
Conforme os resultados, 18,4% dos alunos de escolas municipais já se contaminaram pelo vírus, assim como 17,2% daqueles que estudam na rede estadual tiveram igualmente contato com a doença.
Entretanto, entre os que estudam nas escolas particulares o índice de contato com o vírus é quase a metade, 9,7%. Em outras palavras, pode-se perceber que a circulação do coronavírus se dá de maneira diversa entre as classes sociais.
Além disso, constatou-se que 70,3% dos estudantes da rede privada de ensino não apresentaram sintomas. Do mesmo modo ocorreu com estudantes da rede estadual e municipal, mas em percentual menor.