Os preços dos três principais combustíveis tiveram variações distintas na semana passada no Brasil. Enquanto a gasolina não apresentou variação em relação à semana anterior, o etanol voltou a ficar mais caro, para tristeza dos motoristas. Já o diesel caiu pela segunda semana consecutiva.
Os dados fazem parte do levantamento realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em resumo, a ANP vem coletando os preços dos combustíveis em milhares de postos do país desde 2004 e divulgando semanalmente as variações dos valores em todos os estados do país.
Preço da gasolina fica estável após 11 quedas seguidas
Em resumo, o preço médio nacional da gasolina se manteve estável na semana passada, com o litro do combustível custando R$ 5,63 no país. Embora os valores médios não tenham sofrido alteração, os motoristas comemoraram, já que não houve elevação dos preços.
Aliás, a gasolina está no menor patamar desde a semana encerrada em 12 de agosto, quando o preço da gasolina estava custando R$ 5,53, ou seja, em mais de três meses.
Contudo, vale destacar que o combustível acumulou queda de 25 centavos nas 11 semanas seguidas de queda. Esse recuou eliminou boa parte da alta acumulada nas três semanas anteriores, de 36 centavos, mas não o avanço completo.
Em outras palavras, as quedas nos últimos meses aliviaram o orçamento das famílias que precisam abastecer o tanque de combustível dos seus veículos, mas não conseguiram eliminaram toda a alta registrada nas semanas anteriores.
A ANP revelou que o maior valor da gasolina encontrado nos postos do país nesta semana foi de R$ 7,70. Isso quer dizer que houve estabelecimentos que comercializaram o litro do combustível a um preço 36,8% maior que a média do país, dificultando ainda mais a vida dos motoristas destes locais.
Petrobras reduz preço da gasolina para distribuidoras
A queda no preço da gasolina nas últimas semanas foi provocada, principalmente, por causa da redução de 12 centavos promovida pela Petrobras no valor do litro do combustível comercializado para as distribuidoras.
A saber, o litro da gasolina caiu de R$ 2,93 para R$ 2,81 no último dia 21 de outubro, e os postos de combustíveis repassaram esse reajuste aos consumidores. Como já faz um mês que houve o reajuste, os combustíveis já repassaram a queda, ao menos boa parte deles.
Entretanto, os preços nas bombas são bem mais altos que os das distribuidoras. Isso acontece porque há outras variáveis que impactam os valores dos combustíveis, como impostos, taxas, margem de lucro e custo com a mão de obra.
Portanto, a população deve pesquisar os preços mais econômicos para não pagar mais caro pela gasolina. Até porque existem estabelecimentos com valores bem mais acessíveis que outros.
Preço do etanol também volta a subir nas bombas
O etanol hidratado seguiu uma direção diferente da gasolina e voltou a ficar mais caro nas bombas do país na semana passada. A propósito, o biocombustível estava há quase dois meses sem registrar alta dos preços médios, mas isso voltou a acontecer, para tristeza dos motoristas.
Em síntese, o valor médio do biocombustível subiu de R$ 3,54 para R$ 3,57 nas bombas de combustíveis. Contudo, a ANP chegou a encontrar locais que comercializaram o etanol a R$ 6,60, preço que superou em 84,9% a média nacional.
Isso mostra que os valores do etanol tiveram uma variação bem mais expressiva que a gasolina nesta semana, ou seja, houve locais que comercializaram o biocombustível a valores bem mais elevados que outros, mas a média nacional se manteve estável.
Cabe salientar que o etanol costuma acompanhar as variações da gasolina, pois não há regulação dos preços do biocombustível no país. Na verdade, as variações do etanol são definidas pela razão entre oferta e procura, oscilando, principalmente, conforme às variações nos preços da gasolina. Isso acontece porque os combustíveis são concorrente nas bombas.
Diesel cai novamente nos postos do país
Na semana passada, apenas os motoristas que abastecem seus veículos com óleo diesel conseguiram aproveitar uma nova queda nos preços. Em suma, o valor do combustível caiu 0,48%, passando de R$ 6,24 para R$ 6,21.
O recuo é muito positivo para os consumidores, ainda mais porque a Petrobras também reajustou o preço do combustível, mas, diferentemente da gasolina, a companhia elevou os valores em outubro.
Segundo a ANP, o maior preço encontrado nos postos do país foi de R$ 8,49, preço que superou em 36,7% que o valor médio do país.