O preço médio do gás de cozinha subiu mais uma vez na semana passada. Os brasileiros tiveram que pagar mais caro para adquirir o botijão de 13 quilos, mas boa parte dos consumidores não deve ter sentido a variação em relação à semana anterior, já que foi bastante leve.
Em suma, o gás de cozinha ficou mais caro na semana devido ao acréscimo nas taxas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) imposto pelos Estados.
A saber, o gás de cozinha ficou 21 centavos mais caro em relação à semana anterior. De acordo com o levantamento realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio de revenda do botijão de 13 quilos passou de R$ 101,94 para R$ 102,15 no país.
Segundo cálculos de analistas, o gás de cozinha deveria registrar um avanço de R$ 1,41 devido à alta do ICMS. No acumulado das duas últimas semanas, o valor do botijão de 13 quilos subiu R$ 1,48, ou seja, o avanço médio nacional já superou as expectativas. Portanto, os valores podem voltar a cair no país na próxima atualização do levantamento da ANP.
A propósito, a ANP divulga semanalmente as variações dos valores do botijão de gás nos estados e suas capitais, bem como nas regiões brasileiras. Em 2023, o preço médio do gás havia caído 7% no país, para alívio dos brasileiros. Entretanto, o item está acumulando uma alta de 1,1% neste ano, pesando um pouco mais no orçamento das famílias do país.
A ANP revelou que o preço médio do botijão de gás subiu em quatro regiões brasileiras na semana passada: Centro-Oeste (R$ 1,09), Norte (R$ 0,65), Sul (R$ 0,29), Sudeste (R$ 0,25). A única exceção foi o Nordeste, onde o preço caiu 23 centavos.
Em relação às unidades federativas (UF), os valores subiram em 23 dos 27 locais, resultado que ainda refletiu o aumento da alíquota do ICMS no país. Contudo, vale destacar que o resultado foi melhor que o observado na semana anterior, quando os preços subiram em todos os locais.
De todo modo, os maiores avanços na semana passada ocorreram nos seguintes estados:
As demais altas não chegaram a R$ 1, pesando de maneira mais tímida o bolso dos consumidores. Entretanto, os avanços disseminados mostraram que o aumento da alíquota do ICMS ainda afetou os preços do gás de cozinha no país.
Na semana passada, o botijão de 13 quilos ficou mais barato em apenas cinco locais: Alagoas (-R$ 1,41), Paraná (-0,12), Tocantins (-0,05) e Roraima (-R$ 0,04). Apenas em Alagoas que o valor caiu mais intensamente, mas os outros recuos foram bem leves.
Nesta semana, Pernambuco seguiu com o gás de cozinha mais barato do país, posição que assumiu em meados de maio de 2023, e nunca mais saiu. A propósito, o preço médio do gás de cozinha no estado nordestino ficou 12,8% menor que a média nacional.
Veja abaixo os locais com os menores preços do botijão de 13 quilos no país na semana:
Em resumo, estas oito UFs comercializaram o botijão de gás a preços iguais ou inferiores a R$ 100. Outros locais também tiveram valores bem próximos a essa marca: Ceará (R$ 100,46), Minas Gerais (R$ 101,10), São Paulo (R$ 101,81) e Goiás (R$ 102,30).
Por sua vez, o botijão mais caro do país foi o do Roraima (R$ 128,58), posição que ocupou em todas as semanas de 2023, e vem fazendo isso em 2024. Em síntese, o preço do botijão de 13 quilos em Roraima superou em 25,9% a média nacional, para tristeza dos consumidores do estado.
Confira abaixo os estados que tiveram os preços mais elevados do gás de cozinha na semana passada:
A saber, o governo federal atende milhões de pessoas através do Auxílio Gás desde 2021, ajudando as famílias de baixa renda do país a adquirirem gás de cozinha. Este é um dos principais programas sociais mantidos pelo Poder Executivo e visa a inclusão social e econômica dos segurados.
Em sua origem, o auxílio tem previsão de cobrir metade do valor do gás de cozinha. No entanto, o Governo Federal manteve o benefício turbinado no país em todo o ano passado, cobrindo todo o valor do botijão de gás.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, o pagamento do benefício ocorre bimestralmente, ou seja, a cada dois meses. Por isso que não houve repasses em janeiro, já que o governo havia pago uma parcela em dezembro do ano passado. Agora, em fevereiro, os repasses estão de volta, beneficiando 5,55 milhões de segurados no país.