O IBGE informou nesta quarta-feira (9), que nos últimos 12 meses o preço do café moído subiu 56,87%. Essa foi a maior alta registrada no período para produtos pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e acabou atingindo grande parte dos brasileiros, visto que o café é a segunda bebida mais consumida no país, ficando atrás somente da água.
Apenas durante o mês de janeiro o preço do café moído teve uma alta de 4,75%. Esse aumento no valor do café prejudica tanto os consumidores finais quanto estabelecimentos comerciais como bares e restaurantes, que acabam repassando apenas parte dessa alta para seus clientes.
Os dados disponibilizados pelo IBGE indicam que o preço do café não foi o único que disparou durante o período analisado. Os três principais combustíveis utilizados no país também registraram altas expressivas. O etanol teve uma alta de 54,95%, o óleo diesel de 45,72% e a gasolina de 42,71%.
O Brasil encontra-se no topo do ranking mundial de produção de café há mais de 150 anos. Cerca de 40% de toda a produção mundial do grão é produzida no país. Apesar disso, o preço do café vem enfrentando uma das maiores altas das últimas décadas.
Especialistas no assunto informam que a alta no preço do café está ligada a uma série de fatores e não é exclusiva para o Brasil, portanto, outros países que produzem café (Como por exemplo a Colômbia e o Vietnã) também vem enfrentando esse problema. Danos climáticos na safra de 2021 e 2022, a alta demanda durante o período de pandemia e elevação nos custos de produção por conta da alta do dólar são alguns fatores que influenciaram a alta no preço do café.
De acordo com dados disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro de 2022 foi de 0,54%, ou seja, 0,19 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 0,73% registrada no mês de dezembro. O IBGE informou que essa foi a maior variação para um mês de janeiro desde 2016 (1,27%). A análise também constatou que oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta no início deste ano.
O grupo que mais apresentou alta nesse período foi o de Artigos de residência (1,82%). Segundo o IBGE, a aceleração no preço de eletrodomésticos e equipamentos (2,86%), mobílias (2,41%) e televisão, som e informática (1,38%) influenciaram a alta nesse segmento.
Em seguida, o setor de Alimentação e bebidas também influenciou nos valores registrados pelo IPCA. Dados disponibilizados pelo IBGE informam que houve uma alta de 1,11%, onde os principais destaques foram as frutas (3,40%) e carnes (1,32%). O preço do café moído também chamou a atenção do instituto, já que o valor subiu pelo 11º mês consecutivo, acumulando alta de 56,87% nos últimos 12 meses.