Preço de venda de imóveis residenciais SOBE 0,30% em janeiro

Preço de venda de imóveis residenciais SOBE 0,30% em janeiro

Levantamento do FipeZap revela que 43 das 50 cidades pesquisadas tiveram alta no primeiro mês de 2023

Os brasileiros que compraram imóveis residenciais em janeiro deste ano não devem ter sentido muita diferença de valores em relação a dezembro do ano passado. De acordo com o Índice FipeZap+, o preço de venda de imóveis residenciais variou apenas 0,30% entre os meses.

Embora a alta tenha sido bem leve, ainda superou o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que é o indicador considerado a inflação do aluguel. Em janeiro, o IGP-M variou 0,21%, taxa inferior à alta dos preços de venda de imóveis residenciais.

Por outro lado, o Índice FipeZap+ subiu menos que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). Em suma, este indicador é considerado a prévia da inflação oficial do país. E, no mês passado, o IPCA-15 teve alta de 0,55%.

Vale destacar que o Índice FipeZap+ analisa o comportamento do mercado imobiliário em 16 capitais e 34 cidades brasileiras. Dessa forma, a Fipe divulga uma média de variação mensal dos preços em todos estes 50 locais pesquisados, baseando-se em anúncios imobiliários publicados na internet.

Veja a variação dos preços em janeiro

De acordo com o levantamento, a alta real dos preços de venda dos imóveis residenciais atingiu 43 das 50 cidades pesquisadas. Entre as 16 capitais presentes no Índice FipeZap+, apenas Vitória (ES) teve uma taxa negativa no mês passado.

Confira abaixo a variação registrada por todas as capitais pesquisadas:

  • Campo Grande (MS): 1,52%
  • Goiânia (GO): 1,30%
  • João Pessoa (PB): 1,14%
  • Maceió (AL): 1,10%
  • Florianópolis (SC): 0,88%
  • Fortaleza (CE): 0,73
  • Manaus (AM): 0,52%
  • Recife (PE): 0,51%
  • Salvador (BA): 0,46%
  • São Paulo (SP): 0,28%
  • Belo Horizonte (MG): 0,20%
  • Brasília (DF): 0,11%
  • Rio de Janeiro (RJ): 0,10%
  • Porto Alegre (RS): 0,07%
  • Curitiba (PR): 0,03%
  • Vitória (ES): -2,24%

Entre todas as 50 cidades pesquisadas, Vitória teve a maior queda do país em janeiro. Já Campo Grande (MS), que registrou a maior variação entre as capitais, ficou atrás dos municípios mineiros Contagem e Betim, cujas variações foram de 1,89% e 1,60% no mês, respectivamente.

Valor médio do metro quadrado

Em janeiro, o preço médio calculado para as 50 cidades monitoradas foi de R$ 8.339/m². Vale destacar que, mesmo com o recuo firme registrado no mês, Vitória seguiu na primeira posição entre as capitais, com o maior preço do país.

Confira o valor médio do metro quadrado de imóveis residenciais nas 16 capitais monitoradas:

  • Vitória (ES): R$ 10.444,00
  • São Paulo (SP): R$ 10.226,00
  • Florianópolis (SC): R$ 9.690,00
  • Rio de Janeiro (RJ): R$ 9.589,00
  • Brasília (DF): R$ 8.797,00
  • Curitiba (PR): R$ 8.548,00
  • Belo Horizonte (MG): R$ 7.654,00
  • Recife (PE): R$ 7.261,00
  • Maceió (AL): R$ 7.181,00
  • Fortaleza (CE): R$ 6.853,00
  • Porto Alegre (RS): R$ 6.543,00
  • Goiânia (GO): R$ 6.259,00
  • Manaus (AM): R$ 5.877,00
  • Salvador (BA): R$ 5.560,00
  • João Pessoa (PB): R$ 5.463,00
  • Campo Grande (MS): R$ 5.305,00

Como visto acima, apenas os valores de Vitória, São Paulo, Florianópolis, Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba ficaram acima da média nacional. Contudo, as outras dez capitais pesquisadas tiveram valores inferiores ao preço médio do país.

No entanto, ao considerar todas as 50 cidades do levantamento, o metro quadrado mais caro foi o de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, onde chegou a R$ 11.534. Em contrapartida, o município de Betim, em Minas Gerais, foi o município com o metro quadrado mais barato do país, com o valor de R$ 3.598.

Preço de venda de imóveis dispara em 2022

O aumento dos preços de venda de imóveis residenciais teve um desempenho bastante expressivo em 2022. Embora a inflação tenha perdido força no país no decorrer do ano, isso não aconteceu no setor de venda de imóveis. E as pessoas que compraram um local no ano passado não tiveram muito o que comemorar.

Em síntese, o Índice FipeZap+ fechou o ano passado com uma variação de acumulada de 6,16%. Esse foi o maior avanço anual desde 2014, quando os preços de venda de imóveis subiram 6,70%. Em outras palavras, fazia oito anos que os valores não subiam tanto quanto no ano passado.

A título de comparação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 5,79% entre janeiro e dezembro de 2022. Em resumo, o indicador estourou pela segunda vez a meta inflacionária. Aliás, o IPCA é considerado a inflação oficial do Brasil.

Da mesma forma, o aumento nos preços do aluguel de imóveis residenciais também superou significativamente a taxa registrada pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). Em suma, o indicador acumulou uma variação de 5,45% em 2022, taxa também inferior à do IPCA. A propósito, o IGP-M é considerado a “inflação do aluguel”.

Todos estes dados mostram que os novos proprietários de imóveis residenciais tiveram que pagar mais caro para adquiri-los no ano passado.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Obrigado por se cadastrar nas Push Notifications!

Quais os assuntos do seu interesse?