Em 2021 tivemos um marco no mercado automobilístico brasileiro. Isso porque vimos o preço de carro chegar nas alturas, sendo dos novos, bem como seminovos ou usados. Ademais, também houve um recorde nas vendas. Entenda nesta segunda-feira (18), com o Notícias Concursos, quais são os motivos para tal acontecimento, mesmo diante da crise que assola o país.
Pode parecer impressionante, mas o preço de carro teve alta de 48,8% até agosto em relação a esse mesmo período em 2020. Mas houve também a alta no número de vendas no mesmo comparativo. Tal cenário não faz muito, dadas as circunstâncias pela pandemia, contudo, possui explicações, sendo a principal, uma demanda reprimida.
Demanda reprimida acontece quando os consumidores almejam adquirir produtos, entretanto, pela falta do dinheiro/crédito, assim como de fatores externos, como a pandemia, ofertas reduzidas os impedem de conseguir tal aquisição.
Há como falar também da produção parada decorrente da pandemia. Isso ocasionou atraso na entrega dos produtos, bem como na falta dos insumos necessários na produção das peças para a fabricação de automóveis.
Ademais, entra a questão da alta do dólar, da inflação, do aumento da Selic, mas também da desvalorização da nossa moeda. Portanto, vários fatores encareceram os insumos e peças, contribuindo para a alta dos preços.
No cenário de automóveis usados, não há tanta entrega do carro zero, e o público passa a consumir mais desses produtos que já estão em estoque. Com a grande demanda do mercado, os disponíveis acabam se tornando mais caros.
Segundo nota de Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), ainda é impossível prever quando os preços dos automóveis ao consumidor cairão. Desde o início da pandemia, o valor dos veículos tem aumentado gradativamente.
Atualmente, estamos encontrando carros compactos na faixa de 100.000 reais. Moraes acredita que fatores como a valorização do dólar americano, a desvalorização do real, bem como o aumento de materiais como borracha, resina e aço contribuíram para a alta.
Portanto, os fatores que levam ao aumento dos preços dos automóveis são uma série deles, o que torna difícil para o mercado prever a queda dos preços ou a normalidade. Em termos de custo, talvez não seja possível mudanças estruturais em um curto espaço de tempo, o que reduzirá o valor final. Talvez só possa ser baixado em meados do ano que vem.
Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, o presidente da Anfavea anunciou que o preço de carro pode começar a diminuir a partir do segundo semestre de 2022. Além disso, Luiz Carlos de Moraes afirmou que as possíveis soluções para esse problema devem ser descobertas pelas montadoras como um ato de marketing.