Na última semana, o preço da gasolina nos postos do país chegaram a R$ 8,990, o litro, segundo informa os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados nesta terça-feira (21). Além disso, com relação ao Diesel, maior valor encontrado foi de R$ 8,630.
A pesquisa da ANP foi realizada entre os dias 12 e 18 de junho. Com isso, a pesquisa ainda não reflete totalmente o último reajuste anunciado pela Petrobras nas suas refinarias. Na sexta-feira (17), a estatal anunciou uma alta de 5,18% no preço da gasolina e de 14,26% no diesel.
De acordo com o levantamento da ANP, o valor médio do litro do diesel passou de R$ 6,886 para R$ 6,906, valor este que resulta em uma alta de 0,29%. Já durante a semana, o maior valor encontrado para o diesel foi de R$ 8,630, enquanto o menor foi R$ 5,640. Na anterior, o maior valor encontrado foi de R$ 8,430.
Já com relação ao preço médio do litro da gasolina, este recuou de R$ 7,247 para R$ 7,232, uma queda de 0,21%. O maior valor encontrado foi de R$ 8,990. O menor, R$ 6,170. Na semana anterior, o maior valor encontrado tinha sido de R$ 8,490.
O etanol por sua vez caiu de R$ 5,002 para R$ 4,910, queda essa de 1,84%. No posto mais caro pesquisado pela agência, custava R$ 7,890. No mais barato, R$ 3,890. A ANP coletou preços em mais de 5 mil postos de combustíveis no Brasil.
Ao analisar o acumulado no ano, o preço do diesel aumentou 35,97% nos postos, por ua vez, o da gasolina subiu 9,14%. Já o etanol acumula queda de 8,01%, segundo os dados da ANP. Vale relembrar que o valor final dos preços dos combustíveis nas bombas depende não só dos valores cobrados nas refinarias, mas também de impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores.
Devido à alta dos combustíveis em ano eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro pressiona a Petrobras para que a empresa repasse a alta internacional dos preços do petróleo para as bombas. Em meio as crescentes pressões do Governo, José Mauro Coelho pede demissão da presidência da estatal.
A partir de 2016, a estatal passou a adotar uma política de preços para as suas refinarias. Esta politica se orienta pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio. Contudo, neste ano, a Petrobras passou a represar os reajustes, evitando repassar automaticamente as variações do mercado internacional e do câmbio.
O diesel não era reajustado nas refinarias da Petrobras desde 10 de maio – há 39 dias. Já a última alta no preço da gasolina havia sido em 11 de março – há 99 dias. Este foi o maior intervalo sem reajustes na gasolina em ao menos mais de 2 anos e meio.
De acordo com a Albicom, mesmo com o reajuste da Petrobras, o preço da gasolina nas refinarias no mercado doméstico ainda estava nesta terça-feira (21) com uma defasagem de 12% em relação à paridade de importação, e o diesel, de 11%.