Os consumidores do Brasil estão conseguindo comprar mais produtos nos supermercados em 2023. Essa é uma grande notícia e mostra que as dificuldades econômicas vêm sendo superadas pela população no primeiro ano do governo Lula.
De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o consumo nos lares brasileiros cresceu 2,14% entre janeiro e abril deste ano, na comparação com o mesmo período de 2022. Aliás, a expectativa é que o consumo cresça 2,50% em 2023, em relação ao ano anterior.
Um dos fatores que contribuiu para o crescimento do consumo foi a queda de 0,94% registrada no valor médio de 35 produtos de largo consumo no primeiro trimestre de 2023. Contudo, em abril, o resultado foi bem diferente. Isso porque o preço da cesta de consumo subiu 0,53%.
Com isso, o preço médio nacional da cesta, composta por alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza, subiu de R$ 747,35 , em março, para R$ 751,29, em abril. Inclusive, o valor médio da cesta de largo consumo subiu em todas as regiões brasileiras no mês passado.
Em abril, os itens que registraram as maiores altas em seus preços foram:
Em resumo, a forte alta no preço do tomate aconteceu devido a redução da oferta do item por causa do fim da safra de verão. Esse cenário elevou o preço do tomate no varejo brasileiro e dificultou a vida dos brasileiros que não dispensam o item da alimentação.
Por sua vez, o leite longa vida, que teve a segunda maior variação no mês, ficou mais caro pois abril é o seu período de entressafra. Em outras palavras, há redução do produto no campo, e isso eleva os valores tanto do leite quanto dos derivados no varejo do país.
Embora os itens citados tenham ficado mais caros no país, pressionando o bolso dos consumidores, outros produtos registraram queda em seus preços. Confira abaixo os itens com os recuos mais expressivos no período:
O maior recuo mensal veio da cebola, cujos preços acumularam uma queda de 41,18% entre janeiro e abril. Em síntese, o aumento da oferta do item no país vem reduzindo os preços no varejo. Aliás, vale destacar que o cenário é completamente diferente do ano passado, quando o preço da cebola chegou a subir mais de 100% no Brasil.
O outro destaque mensal foi o óleo de soja. Os preços do item caíram, principalmente, por causa da queda da cotação internacional da soja, uma vez que esta é a principal matéria-prima utilizada na produção do óleo de soja. Nos quatro primeiros meses de 2023, o item ficou 10,75% mais barato no país.
No caso da carne bovina, o principal fator para a queda dos preços foi a boa oferta de bovinos. Além disso, o aumento da disponibilidade de carne conseguiu derrubar os preços de alguns cortes no mercado atacadista. No primeiro quadrimestre de 2023, as quedas acumuladas oscilaram entre 3,74% (corte dianteiro) e 4,86% (corte traseiro).
Vale destacar que, ao considerar apenas a cesta de alimentos básicos (com 12 produtos), excluindo itens de higiene e beleza, o preço subiu 0,80% em abril, na comparação com março. Assim, o valor médio da cesta chegou a R$ 322,46 no país.
Em abril, os preços da cesta de largo consumo subiram em todas as regiões do Brasil, impulsionando o preço médio nacional. As altas oscilaram entre o Centro-Oeste (+1,06%) e o Sul (+0,04%).
Com isso, os valores das cestas chegaram aos seguintes patamares nas regiões brasileiras:
O aumento dos preços não reduziu o consumo nos lares do país. Inclusive, a expectativa é que o nível continue elevado, uma vez que a inflação continua desacelerando e o Governo Federal segue realizando o pagamento de benefícios sociais, aumentando o pode de compra de milhões de pessoas. Isso sem contar no novo reajuste do salário mínimo.
“A combinação da desaceleração nos preços dos alimentos, a sequência de queda nos preços das carnes e os recursos injetados na economia trouxeram mais consistência ao consumo nos lares no quadrimestre“, explicou Marcio Milan, vice-presidente da Abras.
“Em junho, a continuidade dos resgates dos recursos do PIS/Pasep, do pagamento de precatórios do INSS, a manutenção dos programas de transferência de renda do governo federal – Bolsa Família e Primeira Infância e a implantação do Benefício Variável para crianças, adolescentes e gestantes e pagamento do Auxílio Gás tendem a contribuir para a composição da cesta de alimentos”, acrescentou.