Nômade, o povo cigano, dividia-se em grupos que vagavam pelo continente europeu. Possui diversas etnias e, por conta disso, não forma uma população única e homogênea.
Podem ser conhecidos também como “romi” e durante um longo período da história foram julgados pelo seu modo de vida.
Trata-se de um tema que pode cair em vestibulares e no ENEM. Sendo assim, vale a pena ficar ligado. Vamos lá?
Origem
A origem do povo cigano é recheada de mistérios, até os dias de hoje não se sabe ao certo sua origem.
Porém atualmente considera-se que a Índia é a região mais provável do seu surgimento, posteriormente tendo migrado para o Egito até chegar à Europa.
Povo cigano no Brasil
O povo cigano chegou ao território brasileiro por meio dos navegantes portugueses que enxergavam uma alternativa para livrar-se deles, mandando-os para outro continente.
Os ciganos estabeleceram-se em todo território brasileiro, sobretudo no estado da Bahia. Aqui no Brasil três grupos de ciganos fazem-se presentes.
Sendo o primeiro, ciganos que vieram de Portugal e Espanha e mantém o dialeto caló. Já o segundo, o Rom, são do leste europeu e utilizam o romani. Por último, os Sintis, oriundos da Alemanha e França, vindos para o Brasil após a Primeira Guerra Mundial.
Segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística quase 1 milhão de ciganos habitam o país. A maioria, inclusive, já fixada em algum território.
Sua cultura
Por serem tradicionalmente nômades, os ciganos acabaram incorporando características do local por onde passaram.
Além disso, eles desenvolviam ofícios em diversos lugares, os homens por exemplo, eram ferreiros, comerciantes, cuidadores de animais, entre outros.
A saber, dentro dos grupos de ciganos as mulheres exerciam sobretudo trabalhos domésticos, mas também realizam serviços de costura, artesanato, entre outros.
O povo também tem como traço marcante a fidelidade a família, e o casamento entre si, são características marcantes dos ciganos.
O grupo também desenvolveu um idioma, o “romani”, também chamado de romanês. É uma língua ensinada de forma oral, não possuindo escrita.
Algumas etnias ciganas falam muito bem o idioma, e outras conhecem algumas palavras. Contudo, dentro de sua estrutura, não permite-se que povos não ciganos aprendam a língua.
A saber, o povo cigano não tem uma religião específica, eles possuem um conjunto de crenças e princípios, mas não cultuam a figura de um Deus.
Desse modo, eles acabam adotam a religião do local por onde estão circulando. E por isso, pode-se encontrar ciganos católicos, evangélicos, espíritas, muçulmanos, entre outros.
Perseguição ao povo cigano
Os ciganos sempre foram alvo de preconceitos, sempre foram mal vistos pelo seu comportamento e sua cultura. Julgados como trapaceiros e ladrões. Todo esse sentimento se transformou em perseguição ao longo da história.
Em decorrência disso, o povo sofreu perseguições durante a formação das Monarquias Nacionais no continente europeu, visto que todo indivíduo não católico acabou expulso.
Além do mais, na Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) os ciganos também estiveram nos terríveis campos de concentração, assim como os judeus e demais minorias. Estima-se que mais de 250 mil ciganos foram mortos, sobretudo na Croácia, onde a população foi praticamente dizimada.