Você certamente já se deparou com diversas moedas de 50 centavos ao longo da sua vida. Afinal de contas, esses itens fazem parte do nosso cotidiano, porque podem ser recebidos em trocados em comércios de qualquer região do país.
O que a grande maioria das pessoas ainda não sabe é que existem duas moedas específicas de 50 centavos que podem ser consideradas valiosas. Estamos falando de itens que circulam pelo comércio no nosso dia a dia mas que acabam passando despercebidas.
A boa notícia é que você não precisa ser um especialista na área numismática para encontrar esses itens. Com uma simples e assertiva observação, você vai poder entender se a peça que você encontrou no comércio é valiosa ou não.
As moedas de 50 centavos
As moedas de 50 centavos da segunda família do Plano Real são muito queridas entre os colecionadores. Essas peças começaram a entrar em circulação no ano de 1994 e seguem em circulação até hoje.
Como elas pararam de ser fabricadas em 1997, é natural que sejam menos comuns do que o normal atualmente. Mas tudo isso só faz com que o exemplar seja considerado ainda mais valioso em 2025.
Abaixo, você pode conferir uma lista com as principais características das moedas de 50 centavos da primeira família do Plano Real tomando como base as informações previamente disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
- Material: aço inox
- Diâmetro: 23,0 mm
- Massa: 3,92 g
- Espessura: 1,20 mm
- Bordo: liso
- Eixo: reverso moeda (EH) ?
- Circulação: de 01/07/1994 a atual
- Desenho do Anverso: Efígie da República, dístico BRASIL e ramos de louro estilizados
- Desenho do Reverso: Valor, data e ramos de louro estilizados
O Plano Real
O Plano Real foi um programa econômico iniciado em 27 de fevereiro de 1994, implementado ainda no governo do ex-presidente Itamar Franco. Entre outros pontos, o plano incluía a criação de uma nova moeda para o Brasil: o real.
Segundo economistas, o Plano Real foi a mais ampla medida econômica da história do Brasil. O principal objetivo do projeto era a controle da hiperinflação que assolava o país já há algumas décadas. Vários economistas colaboraram com o projeto, incluindo o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, que viraria presidente em seguida.
Hoje, economistas concordam que o Plano Real cumpriu o seu objetivo e controlou a inflação do país, além de aumentar o poder de compra da população. Do ponto de vista da numismática, o Plano rendeu uma série de moedas raras, que seguem em circulação até hoje.
Os valores das moedas
Como dito, existem duas moedas de 50 centavos da primeira família do Plano Real que podem ser consideradas valiosas hoje em dia.
Estamos falando de peças que contam com uma característica específica conhecida no meio da numismática como reverso invertido.
Caso a sua moeda de 50 centavos conte com essa característica e seja dos anos de 1994 ou de 1995, esses são os valores projetados pelos catálogos numismáticos mais atualizados:
O que é uma moeda reverso invertido?
Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso invertido? Para entender esta pergunta, é necessário saber que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso invertido, e são consideradas muito raras.
Basicamente, as moedas com reverso invertido são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou invertido ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima.
Se o outro lado estiver de cabeça para baixo, estamos falando de uma moeda com reverso invertido, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso invertido. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.