Por que esta moeda de 25 centavos está valendo tanto dinheiro?
Saiba como identificar a moeda de 25 centavos que está valendo muito dinheiro em 2016, e identifique os valores sugeridos
Ao contrário do que muita gente pensa, não são apenas as moedas antigas que podem valer muito dinheiro no mundo da numismática. De acordo com análises de especialistas, o Brasil conta atualmente com diversas peças raras que ainda estão em circulação neste momento.
É o caso, por exemplo, da moeda de 25 centavos do ano de 2016. Entre as peças do Plano Real, pode-se dizer que este é um dos itens mais procurados por colecionadores atualmente. Motivos não faltam, mas é preciso prestar muita atenção aos detalhes para não deixar a moeda passar.
Dados oficiais da Casa da Moeda indicam que pouco mais de 23 milhões de moedas de 25 centavos foram postas em circulação no ano de 2016. Este é um patamar considerado pequeno dentro da linguagem da numismática, o que ajuda a explicar em parte o porquê deste exemplar ser considerado raro atualmente.
Características
Abaixo, você pode conferir os principais detalhes desta moeda de 25 centavos do ano de 2016, de acordo com informações que foram disponibilizados pelo Banco Central (BC):
- Novo Padrão Monetário 2º Família Diversos Metais;
- Plano Monetário: Padrão Real 2º Família (1998-atualmente);
- Período: República;
- Casa da Moeda: Rio de Janeiro;
- Diâmetro: 25mm;
- Peso: 7.55gr;
- Metal: Aço Revestido de Bronze;
- Borda: Serrilhada;
- Reverso: Moeda;
- Desenho do Anverso: Manuel Deodoro da Fonseca (1827-1892), ladeada pelas Armas Nacionais e pelo dístico Brasil;
- Desenho do Reverso: À esquerda, linhas diagonais de fundo dão destaque ao valor facial; data.
Quanto vale a moeda
Mas afinal de contas, quanto vale a moeda de 25 centavos do ano de 2016, considerando que você a encontre em condições normais, ou seja, sem erros de cunhagem?
Abaixo, separamos os valores atualizados considerando as informações dos catálogos numismáticos mais atualizados:
MBC | SOBERBA | FLOR DE CUNHO |
R$ 4,00 | R$ 12,00 | R$ 30,00 |
Entendendo as classificações
Para os iniciantes, as inscrições acima podem parecer complexas. Afinal de contas, o que significa o termo Flor de Cunho, por exemplo? As classificações acima estão relacionadas ao estado de conservação de cada uma destas peças, segundo as informações de colecionadores.
- MBC
Para começar, vamos detalhar o que significa uma moeda MBC. Este termo significa “Muito bem conservada”. Para que a peça entre nesta classificação, ela precisa ter, no mínimo, 70% de sua aparência original. Os analistas também dizem que o seu nível de desgaste deve sempre ser homogêneo.
- Soberba
Uma moeda soberba é a aquela que conta com pelo menos 90% dos detalhes originais preservados. Trata-se de uma peça que conta com pouco vestígio de circulação e de manuseio. No universo da numismática, este item é considerado intermediário, mas já se trata de um valor mais alto.
- Flor de cunho
O termo Flor de Cunho vem da inscrição em inglês uncirculated. Trata-se de uma peça que não apresenta mais nenhum tipo de desgaste e nem de manuseio. Absolutamente todos os detalhes da cunhagem estão com a sua aparência original. Também não há nenhum indicativo de limpeza ou de química. Mesmo por isso, moedas flor de cunho são sempre as mais valiosas.
Como descobrir se moedas são valiosas?
Segundo analistas, não há uma mágica para descobrir quais moedas ou cédulas que você guarda em sua casa são valiosas ou não. O que é possível adiantar é que não se trata de uma tarefa simples. Na grande maioria dos casos, as moedas são apenas comuns, de modo que encontrar uma peça rara tende a ser difícil.
Mas difícil não significa impossível. Um dos erros mais comuns cometidos pelas pessoas que procuram por estas moedas raras é imaginar que os itens mais antigos são os mais valiosos. Esta não é necessariamente uma informação verdadeira. Em muitos casos, vários outros pontos devem ser levados em consideração.
“Uma moeda emitida há duas décadas pode valer mais do que uma do Império ou da Colônia. O que dita o preço de uma peça não é a idade e, sim, a quantidade de moedas feitas naquele ano específico e o estado de conservação”, disse Bruno Pellizzari, vice-presidente da Sociedade Numismática Brasileira.